terça-feira, 27 de janeiro de 2015

83.Sim?

Mel: Um aeródromo amor? – perguntei curiosa.

Luan: Aham, vamos andar de helicóptero.

Mel: Só a gente? – perguntei assim que ele abriu a porta do carro pra mim.

Luan: Sim, só nós, claro que com os pilotos né? – rimos.


Luan me levou até um helicóptero que estava preparado ali e cumprimentou os senhores que nos esperavam. Depois de colocarmos o equipamento e os cintos partimos para aquela aventura desconhecida, pelo menos para mim. Voámos por Noronha e a vista dali era de babar.




Luan tirava fotos e sorria a toda a hora, depois de cerca de 40 minutos sobrevoamos as praias indo para o mar. Senti o helicóptero se aproximar de uma praia que parecia deserta e Luan me abraçou beijando meu rosto. Cada vez nos aproximávamos mais ficando visível o que estava escrito na areia em letras enormes: “Casa comigo?”.



  
Sorri emocionada e Luan estendeu na minha frente uma caixinha com um anel lindo.


Luan: Sim? – indagou  num sussurro.  

Mel: Muito sim. – falei e me virei para ele que colocou o anel no meu dedo o beijando. Quando o seu olhar voltou a encontrar o meu nos beijamos apaixonadamente. Estávamos noivos e aquele pedido superou tudo. Parámos o beijo com selinhos e ele limpou algumas das minhas lágrimas. Antes que nos afastássemos muito fotografei a praia com o pedido.

Luan: Eu te amo.

Mel: Eu te amo muito meu noivo. – pareceu estranho mas era tão bom chamá-lo assim. – Adorei a surpresa. Você sempre se superando e me surpreendendo.

Luan: Ainda bem que você gostou e que aceitou porque deu trabalho escrever aquilo tudo hoje de manhã para ficar grandão daquele jeito. – riu.

Mel: Mas valeu a pena, e a praia me pareceu deserta, pode ser que o pedido fique ali por muito tempo e quando a gente voltar possa rever e lembrar deste momento perfeito. – o beijei e voltámos para a base aérea. Estava feliz da vida e ele também.


Voltamos para casa só para deixar o carro e passear pela cidade a pé mesmo. Tirámos várias fotos e visitamos lugares históricos e marcantes dali. Depois do pedido de Rafa eu tinha de retribuir de algum jeito. Quando voltamos para casa pedi para que ele se arrumasse despojado e que esperasse no quarto enquanto eu, já arrumada, cozinhava.




Arrumei as coisas e antes que Rafa descesse para reclamar da demora dei um pulo na praia que ficava a 5 minutos de casa e preparei tudo como tinha planejado. Voltei e fui chamar Luan que agradeceu a Deus por finalmente o ir buscar.


Luan: O que a senhorita aprontou hein?

Mel: Já vais saber, mas antes preciso que coloques esta venda.

Luan: Ah isso é sacanagem, não consigo ver nada. – reclamou e eu dei um nó. – Você vai me ajudar a andar né?

Mel: Claro que vou amor. Aperta a minha mão que eu te guio. – ele assim fez e saímos.

Luan: “Segura a minha mão pois sei que você vai ser a minha direção”. – cantarolou - Agora entendi porque escrevi isso, era para um momento como este.

Mel: Você é vidente Rafa. – ri da observação dele.

Luan: Sou pois, escrevi a “Sogrão Caprichou” a pensar em você, mas o seu pai não pareceu gostar muito. – fez graça e rimos.

Mel: Agora cuidado, tem escadas aqui amor. – o ajudei a descer devagar e quando chegámos na areia o conduzi para o que preparei. – Pode tirar a venda. – Ele arrancou ela de uma vez e ficou admirando tudo aquilo.




Luan: Nossa, jantar na praia. – me olhava adorando a ideia.

Mel: É só o começo de uma noite de duas pessoas que se amam eternamente e que estão noivas. – abracei o seu pescoço e ele a minha cintura.

Luan: E o seu noivinho vai fazer com que seja inesquecível e única. – mordeu meu lábio inferior e pediu passagem com a língua para a minha boca aprofundando o beijo.

Mel: Melhor comermos senão vai esfriar. – lhe dei um selinho e nos sentamos no chão.

Luan: Você que trouxe esta mesinha? - me olhava desconfiado e assenti - Não pode Melissa, você não pode carregar peso muié do céu. - falou reprovando a minha atitude. 

Mel: Mas é leve Rafa. - me defendi e ele me olhou sério - Tá, eu prometo que não volto a pegar em nada que possa parecer pesado. - revirei os olhos e ele assenti sorrindo. 


O jantar era red fish assado com batatinhas e salada, de sobremesa fiz salada de fruta com chocolate e pra beber suco. Em outros tempos seria champanhe, mas o meu estado não me permitia. Depois de jantar guardamos tudo no saco que eu tinha levado antes e ficamos abraçados vendo o sol se pondo dando lugar á noite que se avistava. Luan cantarolava baixinho em meu ouvido várias músicas e quando me senti preparada para o que pensei me virei para ele ficando de joelhos na sua frente.


Mel: Hoje a noite é nossa e esse mar maravilhoso espera por nós, assim como a Lua que voltará a ser testemunha do nosso amor. – falei baixo o olhando dentro dos olhos.

Luan: Você me deixa louco. – falou ofegante e puxou meus cabelos para que os nossos lábios se tocassem.


Nos levantamos e rodeei a cintura dele com as pernas enquanto era levada para o mar. Antes de nos molharmos Rafa despiu cada peça do meu corpo e eu do dele nos encarando com fogo no olhar. Me colou a ele e explorou cada canto da minha boca me guiando para o mar onde depois de mergulhar provocamos sensações intensas um no outro. Chegámos só naquela noite quatro vezes ao nosso clímax e as palavras só saíam da nossa boca quando estávamos chegando. Porque depois de terminar um beijo provocante aliciava-nos a fazer mais uma vez e outra, e outra. Ficámos deitados na areia molhada sentindo apenas a nossa presença. Já era bem tarde quando voltámos para casa e depois de um banho decente nos deitamos. Os outros dias foram passados na praia e fazendo atividades no mar. Voltámos para São Paulo domingo de manhã e almoçamos em minha casa. Tirei o dia para lavar e passar as minhas roupas e fazer as malas. Me mudaria hoje mesmo para casa dos Santana.


Luan: Família tenho uma novidade. – falou animado no meio do jantar.

Mari: Fala filho.

Luan: Eu e a Mel estamos noivos. – mostrou nossas mãos e os pais de Luan nos olharam sorrindo e Bruna nem preciso dizer que já estava nos abraçando empolgada.

Bruna: Quem vai ser a madrinha? – mandou a indireta e olhei Luan que piscou o olho.

Luan: Uma menina chata aí, loira burra, bonita que se farta, muito criancinha, que vai cuidar do meu filho como cuida do seu cachorro. – a descrevia e Bruna ria emocionada. – Você Piroca. – bagunçou os cabelos dela rindo.

Bruna: Se fosse outra eu te matava Luan Rafael. – ameaçou – Eu que ajudei no pedido de namoro, na tentativa de reconciliação com as flores, em te dar notícias da Melissa, mau era se não fosse eu. – deu língua.

Amarildo: Estão a pensar para quando?

Luan: Quando o bebé andar, quero que seja ele a levar as alianças, por isso como está previsto nascer para setembro, no fim do próximo ano talvez. 

Bruna: Melissa você não faz ideia do que é? – me perguntava curiosa. – É que dizem que a mãe pressente.

Mel: Eu não quero criar expetativas e depois me enganar, que venha com saúde é o que importa. – acariciei minha barriga.

Bruna: Mas o que você acha que pode ser? Assim, sem criar expetativas.

Mel: Não sei, mas acho que é menina. – sorri de canto e Rafa abriu um sorrisão.

Amarildo: Se for se prepare meu filho, menina dá trabalho.

Bruna: Até parece pai, eu sou um anjo. – se defendeu indignada e Rafa segurou o riso.

Luan: Conta outra, cê dá o mó trabalho com roupa,  maquiagem, sapato, namorado… - fez uma pausa. – Namorado. – disse pensantivo. – Amor não pode ser já menina, tem de ser um meninão, quem vai vigiar a minha princesa quando eu estiver fora? – me olhava desesperado.

Mel: Calma Lu, ainda nem sabe se é e já está nesse desespero. Se for menina vai viver tudo isso, com namorado incluído.

Luan: Não cara, cê já imaginou? Ela vai para um colégio de freira, não quero saber de moleque dando em cima não. – falou exasperado e todos rimos do seu ciúme. – Cês acham graça né? Na hora que ela chegar com algum menino eu vou matar. – disse engraçado nos arrancando mais risada.

Amarildo: Deixa de ser ciumento oxê. Cê acha que se eu fosse assim com a Bruna ela seria mais calminha? Claro que não.

Luan: Por isso ela é assim toda atiradinha, cê deu confiança demais pai. Devia fazer o que fiz, prende-la no banheiro para não sair com nenhum marmanjo.

Mel: Você fez mesmo isso Rafa? - Perguntei não acreditando.

Bruna: Pior que fez, e não estava ninguém em casa pra me salvar. – disse emburrada e Rafa riu convencido.

Mel: Mas ele não vai fazer nada se for menina, ou vai querer repetir a geração de pais contra o namoro das filhas? – o olhei esperta e ele suspirou se dando por vencido.

Luan: Não vou não, vou ser diferente. Mas não vou dar abuso para os moleques aviso já, eles vão ter a vida complicada. – avisou e rimos. Terminamos de jantar e subimos para nos deitar.


A semana começou bem, Rafa ia comigo para o escritório já que ainda estava de férias e ficava lá na sala de reunião compondo ou então do meu lado me vendo trabalhar. Na quarta-feira o advogado foi lá falar com a gente por causa da audiência. Acordei um pouco nervosa. Terminei de me arrumar e Rafa me esperava para tomar o café.




Chegámos no tribunal pelas 9h e passado meia hora começou. Denise estava super diferente, com uma cara abalada mas aquele sorriso sarcástico e frio permanecia. Me deu arrepios e Rafa percebendo me abraçou. Testemunhamos os dois e Melissa também relatou a parte dela, claro, omitindo a maioria da informação. Mas o advogado de Luan e meu também, era muito bom e conseguia confundir Denise que disse a verdade várias vezes se arrependendo em seguida do que dissera. O julgamento final estava marcado para dali a duas semanas.


Luan: Viu amor, ela tentou alegar insanidade mental. – falou impaciente.

Mel: Ela sabe-a toda amor, mas não se vai safar, o nosso advogado é bem convincente e persuasor.

Luan: Não vai não, ela que se safe que quem faz justiça sou eu. – falou nervoso.

Mel: Não digas essas coisas. Me dói em saber que você possa se machucar por causa de uma pessoa que não merece nada. – falei calma e Rafa beijou meu rosto voltando a atenção para a estrada.


De tarde fui trabalhar e na sexta era dia de consultar o Dr. Eduardo. Entrámos na sala e o doutor veio nos receber com alegria, era um senhor já com uns 60 anos, com cabelos alguns cabelos grisalhos e bem alto.

Dr. Eduardo: Luan que honra te receber aqui. Já não te via há uns longos anos. Quando a sua mãe me ligou para marcar uma consulta pensei que fosse para a sua irmã.

Luan: Não fala isso nem de brincadeira doutor, nem quero pensar na Bruna grávida. – Falou ciumento e o Dr. riu.

Dr. Eduardo: Então devo deduzir que você que será o papai com essa linda moça né? – me olhou com ternura.

Luan: Isso mesmo, descobrimos no México que a Melissa estava grávida, agora já passa de um mês, por isso decidimos vir aqui tratar de todos os procedimentos para ela fazer tudo direitinho.

Dr. Eduardo: Melissa. – sorriu – Já consultou o seu médico de família para fazer os exames de rotina?

Mel: Ainda não.

Dr. Eduardo: Mas tem de fazer isso o quanto antes, ele é daqui deste hospital? – assenti – Então quando acabar a consulta aqui passa lá rapidinho, como é o nome do médico?

Mel: Acho que é Duarte. – Dr. Eduardo enviou um pedido de consulta urgente para o meu médico.

Dr. Eduardo: Agora vamos fazer uma ecografia para ver a evolução e o estado do seu bebé. – me deitei na maca e o doutor fez os exames. 


Estava tudo perfeitamente bem e a queda do cavalo não deixou nenhuma sequela. Esperamos uns 15 minutos e fomos chamados na sala do Dr. Duarte. Não fazia a mínima de como ele seria, mas quando entrei me admirei, era um homem bem jovem, talvez de 30 anos, e bonito por sinal. Assim que Luan bateu o olho apertou minha mão com mais força marcando território.


Dr. Duarte: Estava ansioso pra conhecer a minha nova paciente que já deveria ter passado por aqui bem antes né D. Melissa? – me olhava reprovador.

Mel: Pois é, mas a vida é corrida e como estava me sentindo bem decidi não vir. – me justifiquei.

Dr. Duarte: O Eduardo me disse que está grávida de um mês, agora não vai poder fugir mamãe. Vou lhe marcar uma planilha de exames e vou te mandar para a nutricionista daqui do hospital, ela vai tratar da sua alimentação nesta fase. – sorriu escrevendo no computador tudo que me falava. Mediu minha tensão e me fez algumas perguntas acerca da minha vida para entender o meu estado médico. – Bem, você me parece saudável, mas assim que tiver os resultados em mãos me traga aqui para a gente analisar.

Luan: Nós trazemos sim. – falou firme reforçando o nós, desde que entramos o Doutor apenas cumprimentou Rafa e mais nada.

Dr. Duarte: Vai ser um honra receber o Luan Santana de novo no meu consultório e desde já me deixe dizer que é um prazer enorme cuidar da saúde da sua… - me olhava tentando encontrar a palavra certa.

Luan: Noiva. – salientou e o médico deu um sorriso frouxo.


Saímos da sala e Rafa não pronunciou uma só palavra. Aproveitei para marcar os exames e a nutricionista para sábado de manhã e quando saímos do hospital ele se pronunciou.


Luan: Não gostei dele. – falou emburrado.

Mel: Só porque era novinho e bonito? – parei na sua frente o encarando.

Luan: Claro que não, eu me garanto. – disse convencido mas sério – Mas cê viu ele cheio de sorrisinhos pra cima de você, nem por eu estar ali do lado. E disse que seria um prazer te cuidar, prazer Melissa. – elevou a voz irritado. – Podia usar outra palavra mas tinha de ser essa pra me provocar.

Mel: Tá e o  que eu vou fazer? Ele é o meu médico.

Luan: A não ser que você queira mudar para a minha doutora.

Mel:  Ah, eu não posso ter um médico mas você tem uma médica. - mostrei o óbvio.

Luan: Tenho, bem simpática ela, Dr. Elsa, tem idade pra ser minha mãe pra sua informação. – me alertou e segurou o riso.

Mel: Mas não vou mudar mesmo assim, o Dr. Duarte me pareceu muito competente, e já está a par de tudo, não há necessidade. Até porque você vai me acompanhar sempre que puder. – Entramos no carro e ele me olhou com a sobrancelha levantada.

Luan: Sempre que puder não, eu vou sempre, mesmo que esteja longe ou mesmo que tenha de virar a noite acordado eu venho te acompanhar. – Falou convicto e não tinha como o fazer mudar de ideia, até porque nem queria. – Quando você quer anunciar o noivado? Amanhã já viajo.

Mel: Fala com a Arleyde, porque eu estive pensando e revelar agora ou mais pra frente vai sempre levantar suspeitas de que eu estou grávida, querendo ou não. Mas acho que se avisar agora é melhor, assim as meninas vão se habituando á ideia, porque se for tudo de uma vez vai fuder com o emocional delas. – ri e ele me acompanhou.

Luan: Vou falar com a Lelê então. Quando vai ser a inauguração do projeto?

Mel: Quarta, você vem né?

Luan: Quarta? – me perguntou confirmando fazendo uma cara esquisita. 






Boa noite amores ! Capítulo amoroso né? E o nosso casal está noivo \o/ Gostaram da surpresa? Foram no médico e parece estar tudo super bem :) E agora será que Luan não vai poder ir na inauguração? O que vocês acham? 
Espero que me surpreendam com os vossos comentários como no capítulo anterior, adorei cada um e agradeço imenso o tempinho que tiraram para comentar! Beijocas <3

6 comentários:

  1. Adorei o pedido de casamento. Foi lindo e ainda mais por ser onde foi. *___*
    Luan com ciume do médico bonitão kkkkk Imagina se ele visse os exames que uma grávida faz? Ia ficar doido.
    E Denise é louca mesmo mas tem que ter um bom castigo.
    Será que ele não vai?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Né, Noronha é um paraíso mesmo! E ninguém esperava por isso né? kkkk
      Luan é ciumento mesmo, imagina ele quando souber dos exames que ela vai fazer ainda ahah
      Será que ele não vai?

      Eliminar
  2. Luan ciumeeeeeeeento kkkkk Que pedido fofo <3 Quero maaaais

    ResponderEliminar
  3. Ameiiii o pedido de casamento, denise vaca merece ficar na cadeia, Luan com ciúmes do medico kkkk.

    ResponderEliminar