terça-feira, 31 de março de 2015

139. Jantar com novidade

Luan cumprimentou os filhos e minha avó e subiu para tomar um banho e dormir. Fui para perto dos gémeos que brincavam na sala e viam desenho.


Nic: Mamã, papá tá lá? - apontou para o andar de cima. 

Mel: Está filha mas está dormindo. 

Nic: Quelo mimi com papá. - fez manha e a ajeitei em meu colo, ela logo adormeceu e a levei para o quarto dela senão era bem capaz de acordar Luan. 

Mel: É Breninho só sobrou a gente. 

Breno: Vamo bincar mamã. - me puxou pela mão e me sentei com ele no tapete brincando com os seus carrinhos. 


Entre pensamentos me lembrei de fazer algo. Seria surpresa para Luan, só não saberia se ele iria gostar muito. Fui buscar Alice e almocei com as crianças, Rafa ainda dormia, só acordaria ao meio da tarde com sorte. Deixei as crianças com minha avó e levei Alice na música indo em seguida ao salão mudar meu visual. Não seria nada radical, mas para o costume de anos iria ser diferente. Saí de lá repaginada, ainda tentando me habituar ao meu novo look, cabelo mais curto. Peguei Alice e fomos para casa ouvindo música. 


Alice: Mamãe você está ainda mais linda. - falou meiga e sorri com isso. 

Mel: Achas que o teu pai vai gostar filha? 

Alice: Ele gosta de você de qualquer jeito mamãe. - disse com um tom adulto e ri. 


Assim que chegámos ouvi Luan na cozinha falando com Neide e provavelmente comia alguma coisa. Me sentei no sofá com as crianças e Alice me mostrava o caderninho do primeiro dia de aulas. Ela parecia bem mais animada. Ouvi uns passos e não virei meu rosto, queria ver se Rafa adivinhava que seria eu de costas. 


Luan: Avó? - chamou-a baixinho e minha avó foi até ele. - Quem é essa morena aí? - indagou curioso e minha avó riu. 

Lúcia: Não conheces mais a tua mulher meu neto? 

Luan: Como assim minha muié? - continuou falando baixo - A Mel tem cabelão, pela bunda. 

Lúcia: As pessoas mudam. - ouvi minha avó dizer rindo. Segurei meu riso e ouvi Luan bufar. 

Luan: Melissa? - me chamou com algum receio. Aos poucos fui me virando e ele arregalou seus olhos tapando a boca com a mão. - O que cê fez muié do céu? 

Mel: Cê não gostou amor? - perguntou com medo da sua reação e ele se aproximou um pouco me avaliando. 

Luan: Seu cabelo, não, como você foi capaz de mudar seu cabelo amor, cê sabe que eu adoro pegar nele quando a gente está fazendo...

Mel: Rafa. - disse entre dentes e ele se calou me deixando corada.

Luan: Melissa, Melissa, pra quê que eu fui dormir senhor. - se sentou no sofá e me olhou de lado - Meu Deus do céu. - não parava de dizer isso e já me estava irritando. 

Mel: Você não gostou né? - cruzei os braços e embirrei. 

Luan: Não é isso, é que...ah Mel, eu não sabia, você me apanha assim de surpresa, está à espera que eu diga que adorei? Claro que não, eu amava o seu cabelo enorme, mas o que importa é a pessoa e não o cabelo. - sorriu de canto e retribuí. 

Mel: Então... 

Luan: Então quer dizer que é só o tempo de me acostumar. - respirou fundo e ri o abraçando. 

Mel: Eu te amo, queria mudar um pouco amor, logo mais ele cresce. 

Luan: Tomara. - beijou meus lábios. 

Nic: Blec. - falou nos observando e rimos. 

Luan: É bom que você ache isso mesmo viu filha, e você igual Alice. 

Alice: E o Breno não? 

Luan: Breno é homem, cês são meninas, só quando o papai autorizar, cê já sabe né? - advertiu e ela assentiu prontamente. 

Mel: Machista. - revirei os olhos e ri vendo a careta dele.


Passámos o resto da tarde naquele clima gostoso entre risadas e brincadeiras. Ao final do dia fui arrumar meus filhos para o jantar da Bruna. E depois fui tomar meu banho, Luan já lá estava e riu assim que sentiu minhas mãos tocarem suas costas. 


Luan: Está a fim de molhar o cabelo amor? - neguei com a cabeça - Então não provoca. 

Mel: Nossa hein, cê é assim tão fraco que não consegue se segurar? - segurei o riso e ele me encarou. 

Luan: Com você desse jeito não tem como se segurar. - me observou de cima abaixo e corei lhe dando um tapa. - Tá com vergonha? 

Mel: Pára Rafa. - falei manhosa e ele riu beijando meu rosto. 

Luan: Mais tarde tiro a prova se o seu cabelo assim curto tem o mesmo efeito. 

Mel: É preciso eu querer. - me fingi de difícil e ele levantou uma sobrancelha. 

Luan: Cê vai querer, escreve aí. - riu e se virou de costas me deixando estática o olhando com a sua ousadia. 


Ele saiu primeiro e foi se vestindo. Saí em seguida e fiquei no banheiro ainda passando meu creme. No quarto ele já estava quase pronto, faltava apenas o seu cabelo. 




Fiz minha make e dei um jeito no meu cabelo. Luan já estava arrumado e me esperava sentado no sofázinho que tinha no closet. Tirei o roupão e vesti a lingerie seguida da roupa. 





Luan: Depois diz que tem frio. - resmungou. 

Mel: E você já sabe o que fazer. - provoquei e ele negou rindo. 

Luan: Amor, eu estava aqui pensando. - falou mais sério e o olhei - Bora tentar ter mais um filho? 

Mel: Cê acha que três são poucos? 

Luan: Eu queria uns quatro no mínimo, mais um menino. - falou dengoso. 

Mel: Amor, se for pra ser será, não vou fazer por isso. 

Luan: Você não quer né? - entristeceu e fui até ele me sentando em seu colo. 

Mel: Não é querer amor, mas a minha vida não é ficar grávida o tempo todo. Com a gravidez dos gémeos meu corpo não ficou igual. 

Luan: Isso é o que você diz, pra mim está muito melhor ainda. - cheirou meu pescoço e passou a mão em minha coxa. 

Mel: Mas deixa passar mais um tempo amor? - ofeguei com a sua mordida na orelha. - Quando os gémeos crescerem a gente tenta. 

Luan: Promete? - sussurrou e apenas assenti o beijando intensamente. 


Minha avó tinha feito um bolo de cenoura com chocolate e outro de bolacha. Bruna nos recebeu animada. 


Luan: Trouxemos bolo Pi. 

Bruna: Bolo? - indagou e correu para o banheiro nos deixando perdidos. 

Luan: Ué, que ela tem? 

Gabriel: Eu vou lá ver. - saiu atrás de Bruna e fomos cumprimentar Marizete e Amarildo que logo mimaram nossos filhos. 


Um tempo depois Bruna apareceu com Gabriel e nos mandou sentar que iria buscar a comida. Nos serviu e a conversa foi rolando. Até que ela pediu atenção e parámos de comer a sobremesa para a olhar. 


Bruna: Bem, eu vos chamei aqui para vos contar uma coisa. - olhou todos na mesa e prosseguiu - Eu e o Gabriel vamos morar juntos.

Mari: Já estava estranhando não morarem bem antes. - riu descontraída. 

Amarildo: Fazemos os filhos para o mundo Mari.

Luan: Morar juntos? - falou finalmente após a encarar por minutos - Onde? 

Bruna: Aqui em Sampa mesmo, por enquanto vamos ficar aqui no apê, mas depois nos mudaremos para uma casa lá perto do Alphaville ou lá mesmo. Estamos vendo ainda. 

Luan: Ainda bem que é perto. - respirou aliviado. - Tava vendo que cê ia ficar longe de mim Piroca. - todos rimos pois não esperávamos essa reação dele. 

Bruna: Não está cansado de me aturar não? - brincou. 

Luan: Nunca, mesmo você sendo chatinha. 

Bruna: Mas não é tudo. - olhou Gabriel que continuou o discurso. 

Gabriel: Nós vamos casar. Eu pedi a Bruna em casamento estes dias e agora quero pedir a vossa permissão Mari, Amarildo e Luan. - olhou cada um e Luan mudou a cara animada para séria.

Luan: Não me digam que a seguir a esta novidade vão dizer que estão esperando bebé? - riu nervoso e Bruna engoliu em seco ficando tensa, denunciando o que Luan talvez menos esperasse. - Bruna é sério? - indagou nervoso e ela assentiu. 

Mari: Vou ser vovó de novo. - sorriu emocionada assim como Amarildo. 

Lúcia: Parabéns, vocês merecem.

Mel: Ai que linda, eu bem que desconfiei quando você correu pro banheiro. Mal posso esperar para ver meu afilhadinho. - ri empolgada. 

Alice: Madrinha está grávida? 

Bruna: Estou Alicinha. - acariciou seus cabelos e ela riu beijando a barriga dela. 

Luan: Me dêem licença. - saiu da mesa e foi até à sacada. Fui atrás e o vi de mãos nos bolsos encarando a noite. 



Boa tarde amorzinhos ! Hoje mais cedo! Espero que tenham gostado. Melissa mudou o visu e Luan nem queria acreditar nisso. kkkkkk E o desejo dele de ter mais filhos? Acham que vai acontecer ou eles realmente vão esperar? Bruna anunciou de uma vez que vai morar junto, casar e ser mãe ahah Luan surpreendeu aceitando as duas primeiras mas a última o deixou um pouco estranho. O que será que rola na cabeça dele? Os anos passam mas o ciúme e cuidado de irmão não kkkk Comentem bastante, beijocas <3

segunda-feira, 30 de março de 2015

138. Sentindo todo o seu perfume

Mel: Você não acha arriscado? - perguntou olhando em volta. 

Luan: Quem disse que vamos fazer aqui safadinha? - segurei o riso e ela me olhou feio. - Vamos. - nos levantei e peguei na sua mão. 

Mel: Vamos pra onde? 

Luan: Cê já vai ver. - pisquei o olho e lhe abri a porta do carro. 


Guiei um pouco até encontrar uma rua sem saída e movimento. Estacionei o carro e ela me olhou com os olhos semicerrados. 


Mel: Aqui? 

Luan: No carro. - falei baixo chegando mais próximo dela e acariciei seu rosto. - Não tem hora nem lugar para nos amarmos, deixa rolar. - nem a deixei falar e ataquei seus lábios com beijos delicados e mordidas suaves. 


Senti ela relaxar e arrastei meu banco todo para trás a puxando para o meu colo. Levei uma mão á sua nuca e outra á sua bunda a apertando. Melissa ofegava entre o beijo e fui descendo para o seu pescoço levantando a barra da sua blusa. Seus seios fartos estavam no meu campo de visão e não perdi tempo em os beijar tirando o soutien vermelho que ela usava. 


Luan: Já vinha de caso pensado? - sussurrei e ela soltou um gemido. - Vermelho hein? - ela riu baixinho e abocanhei seus seios a fazendo morder o seu lábio para não gritar. - Deixa, eu quero ouvir a sua reação aquilo que estou te proporcionando. 


Ela tirou minha camisa e beijou meu ombro descendo para meu peitoral. Aproveitei para abrir a sua calça e passar minha mão para dentro ficando em contato com sua pele macia. Ela parou e com minha ajuda tirou a calça junto com a calcinha. Minha Mel estava completamente nua na minha frente me deixando doido. Com cuidado estimulei seu sexo e fui penetrando devagar para que ela não sentisse dor. 


Luan: Se doer você me avisa amor. - falei quase sem ar pela imagem dela delirando apenas com meu toque. 


Quando notei que ela estava completamente preparada desci minhas calças e boxer e ela se ajeitou em mim a sentindo penetrar. A beijei enquanto estocava lentamente e ouvia apenas os seus gemidos prazerosos. Nos deliciámos no nosso amor saudoso, e não tinha melhor do que fazer amor com saudade. Eu estava sedento dela e se fosse em condições normais ela não descansaria enquanto não matasse toda a minha sede por ela e o seu corpo, mas tinha que tomar cuidado, ela não podia fazer isso e já estava pisando o risco. Em alguns minutos a levei ao ápice e com ajuda dela atingi o meu também. 


Luan: Eu te amo. - lhe beijei intensamente e ela emoldurou meu rosto com suas mãos. 

Mel: Eu muito mais. - descansou sua cabeça em meu ombro e a abracei a sentindo tão minha. 



Mel On:


Nada pagava estes momentos de loucura com Luan, era com ele que eu me sentia completa. Só ele sabia como tratar uma mulher e a fazer se sentir amada em todos os sentidos. Ele era o homem perfeito, o príncipe de cavalo branco que desejei para mim, o meu conto de fadas e o meu final feliz. Depois de nos arrumarmos ele me passou as chaves do carro para as mãos. 


Luan: Hoje a minha Ferrari é todinha sua. 

Mel: Mas amor, eu não tô preparada. - me assustei. 

Luan: E nunca irá estar, você tem de tentar Melzinha. E eu vou estar do seu lado para te ajudar. - apertou minha perna e assenti olhando em seus olhos que me transmitiam a maior segurança do mundo. 


Nem foi preciso sai do carro, ele me puxou para o seu colo e passou para o banco do carona. Depois de ter ajeitado o banco e colocado o cinto respirei fundo ligando o carro. O olhei para ver se ele tinha mesmo a certeza disso e recebi um aceno de cabeça acompanhado de um sorriso sereno. 


Mel: Você deve confiar mesmo em mim pra me colocar esta belezura nas mãos. - falei irónica dando ré no carro com cuidado. 

Luan: Cê sabe que confio, e se pra você perder o medo tiver de estragar o carro eu não me importo. 

Mel: Não se importa mesmo? 

Luan: Não, o que é importante é você, o resto é secundário. - colocou a mão em minha coxa e fez leves movimentos. 

Mel: Assim você me desconcentra. - grunhi e ele parou rindo. 

Luan: Só queria te relaxar. - riu safado. Estava de frente para a estrada ganhando coragem para seguir em frente. - Vai, quanto menos pensar melhor, pensa que a gente está fazendo amor e perde o controle mas com cautela, apenas esvazia o seu pensamento de coisas negativas. - me aconselhou e respirei fundo mais uma vez seguindo em frente devagar. 


Estava andando há alguns minutos e tentei pensar nos nossos bons momentos. Luan ligou a rádio e foi cantarolando e batendo a mão na perna no ritmo da música. Isso me acalmou de um jeito que me fez ter coragem de acelerar. 


Luan: Eita amorzinho, é assim mesmo. - bateu palmas animado e ri. 

Mel: Você me faz ficar assim. 

Luan: E eu me sinto o maior sortudo por ser o motivo dessa felicidade e coragem toda. 

Mel: Sempre foi. - sorri de canto e ele beijou meu rosto. 

Luan: Minha linda. 


Em casa Bruna estava na sala com nossos filhos. Luan entrou empolgado e depois de cumprimentar a irmã e as crianças saiu para o estúdio, com certeza iria compor. Bruna me olhava desconfiada. 


Mel: Que foi que cê tá me olhando assim Bubu? 

Bruna: O que tem pra me contar? - segurou o riso. 

Mel: Nada que seja da sua conta. - brinquei. 

Bruna: Sério? Porque se a vó me chamou pedindo para vir cá ajudá-la com os bebés porque você e o Luan saíram e não avisaram pra onde é porque não é coisa boa, ou é, porque esse sorriso aí. - riu-  Aliás, o Luan estava estufando o peito com tanta alegria. - neguei com a cabeça rindo da sua observação. 

Mel: Tá, vou te contar tudo. 

Bruna: Tudo não né? Dispenso a última parte. - corei e ela topou rindo alto. 


Contei tudo para ela sobre os planos de Denise e Daniela e sobre o golpe que tentaram nos dar. Ela estava parva ouvindo tudo e quando terminei não disse nada apenas parou para pensar. 


Bruna: É amiga, sua vida não é fácil. Eu não sei se teria aguentado tudo isso, você mesmo assim foi forte e não largou tudo para trás. 

Mel: Largar o quê? A minha felicidade? Não mesmo cunha, seu irmão é... - fiz uma pausa procurando as palavras certas. 

Bruna: Tudo na sua vida. - completou. 

Mel: É, cada vez vejo mais isso, sem ele não poderia ter os melhores momentos da minha vida, nem os mais loucos. Sem ele não acho que seria a mesma, hoje eu afirmo com todas as letras que encontrei mais do que algum dia pedi a Deus, e sem ele não seria possível eu ter estes meus tesouros. - olhei meus filhos. 

Bruna: Fico tão feliz por saber que ambos estão bem entregues e têm esse sentimento tão puro. Dá até vontade de casar e ter filhos. 

Mel: Está na hora Bruneca. - zoei e ela me olhou assustada. 

Bruna: Que hora menina? Tenho tempo ainda, não quero uma equipe de futebol que nem vocês. 

Mel: Quem disse que a gente quer? - ri - Seu irmão que nem pense, por mim estes três estão de bom tamanho. 

Bruna: Vai nessa cunha. - segurou o riso - Com o fogo que o você e o Luan têm posso esperar pelo menos mais uns quatro. 

Mel: Não fala besteira. - me assustei - Tá doida? - ela ria. 



Alguns dias depois... 

Acordei com Luan me abraçando demais, ri com isso, pois mesmo a gente já estando junto ele tinha de me puxar mais e mais para ele. Me levantei para cuidar dos gémeos que já estavam acordados e Luan resmungou abrindo os olhos. 


Luan: Vem cuidar deste bebé depois, vem. - falou sedutor e o olhei rindo. 

Mel: Idiota. 

Luan: Ué, também mereço carinhos. 

Mel: Acha que te dou poucos? 

Luan: Eu quero a toda a hora. 

Mel: Mimadinho. - zoei. 

Luan: Você que é filha única e eu que sou mimadinho? Me erra. - falou irónico e o fuzilei. 

Mel: Se levanta para levar sua filha na escola. 

Luan: Só mais dez minutos amor. - se virou e colocou o travesseiro por cima da cabeça. 

Mel: Não tem jeito mesmo. - resmunguei - Se quando acabar de dar o leite nos bebés você estiver aí eu te jogo água fria Luan Rafael. - saí do quarto e ele grunhiu me fazendo rir. 


Subi novamente com os meninos alguns minutos depois, Luan saía do banho cheiroso apenas com a calça jeans vestida enquanto pingos de água escorriam pelo seu peitoral definido. Ele não me tinha visto pois limpava o cabelo com a toalha na frente dos olhos. respirei imensas vezes para me segurar e não pisar o risco de novo. Finalmente ele notou minha presença e só despertei quando ele chegou na minha frente. 


Luan: Está gostando da vista? 

Mel: Gostando é pouco. - falei ainda entorpecida e ele riu. 

Luan: Eu sei que sou gostoso. - se gabou e virou costas vestindo a camisa. 

Mel: E convencido. 

Luan: Que cê ama. - contra fatos não há argumentos e dei de ombros indo me arrumar a mim e aos gémeos. 


Luan tratou de Alice e depois de lhe dar o café da manhã levou-a na escolinha de música. Na hora do almoço ele voltou e me deu uma caixinha de velude preta. Não entendi e assim que abri vi a chaves de um carro. O olhei surpresa e ele sorriu.


Luan: Pra você, vai ver o seu novo brinquedo.

Alice: Mamãe é um popó lindo. Papai trouxe com os senholes. - falou empolgada e ri indo até á porta e me deparando com um Dodge Durango igual ao que ele tinha ganho há uns anos atrás e ficou com os pais dele.


Mel: Obrigado meu amor. - o abracei de lado e ele beijou o topo da minha cabeça.

Luan: Assim podemos passear todos juntos sem problema.

Mel: Adorei, você pensa em tudo hein?

Luan: Claro que penso e mais logo vamos tratar da decoração do quarto dos bebés.


Como combinado e à semelhança do quarto de Alice, escolhemos tudo ao detalhe. Dois dias depois o quarto já estava arrumado e do jeito que a gente imaginou.





Dois anos depois... 


Luan já tinha gravado o seu décimo DVD e não parava, ele tinha ideias atrás de ideias e continuava sendo o artista número 1 do Brasil. Bruna já contava com quatro novelas na Globo, sendo que duas delas foi personagem principal e nas outras secundária, trabalhos como modelo também não lhe faltava e agora preparava-se para se estrear no cinema. Lara estava de casamento marcado com Rafael e Gabi adivinhem lá, estava namorando sério com o Marco. Já Anita, casada com Pedro, estava prestes a dar á luz o seu primeiro filho, enquanto Marquinhos ganhava coragem de pedir Daniela em casamento, até Luan lhe dava ideias e o rapaz não gostava de nenhuma. Eu continuava na frente da Associação e até agora abrimos mais duas, uma no Paraná e outra no Rio Grande. Alice já tinha 6 anos e hoje seria o seu primeiro dia de aulas. Estudava de manhã e de tarde iria para a música. Em conversa com Luan achámos melhor. A escola dela ficava próxima do condomínio e tinha ótimas referências. Luan estava viajando e prometeu a todo o custo que estaria na hora certa para ir com a gente. Os gémeos já andavam e falavam e Nic seria mais arrebitada ainda que Alice deixando Luan cansado rapidamente. Já Breno era bem estilo Luan, segundo conta a Mari.


Alice: Mamãe está quase chegando a hora e o papai ainda não está aqui. - cruzou os braços chateada.

Mel: Termina de comer o seu café que ele chega. - tentei alegrá-la mas em vão.


Alice comeu um pouco contrariada e na hora que saímos Luan ainda não tinha aparecido, liguei várias vezes e só dava caixa postal. Minha avó ficou em casa com os gémeos e fui até á escola com Alice.


Alice: Eu não quero ir. - fez biquinho assim que estacionei na frente do edifício.

Mel: Filha cê tem de ir, conhecer outras crianças e aprender muitas coisas novas.

Alice: Mas eu quero ver o papai antes e ele não está aqui, eu não consigo ficar aqui sem ele mamãe. - choramingou e respirei fundo.

Mel: Eu vou ligar mais uma vez pra ele. - peguei no celular e nada dele atender. - Filha seu pai não atende, vamos ser mulherzinha e entrar na escola de uma vez por todas? - coloquei as coisas em pratos limpos e ele me olhou com uma carranca chorando em seguida.

Alice: Eu não vou mamãe, eu quero o meu pai. - tapou a cara com as mãos e saí do carro para não stressar. Luan podia ao menos atender.


Dei a volta e abri a porta de Alice e ela se encolheu. Tirei o seu cinto e ela chorou soluçando.



Mel: Filha facilita vá lá, cê quer que eu fique com você um pouco?

Alice: Não, quero meu papai. - nunca vi pessoa mais apegado no Rafa do que ela. Ele também nunca poupou esforços para a mimar e fazia sempre tudo que ela queria, normal ela agora não saber lidar com a falta dele num dia tão importante.

Mel: Alice Santana não tira minha paciência, eu não estou brincando. Sai desse carro agora. - tive de ser autoritária e ela estremeceu com o susto pois não estava habituada a ser tratada assim.


A contra gosto e muito lenta ela foi saindo do carro de braços cruzados e com um bico enorme. Bufei impaciente e peguei na mochila dela. Tranquei o carro e peguei na sua mão mas ela nem se moveu, fazendo força para ficar ali parada.


Mel: Alice. - falei firme e ela soluçou dando pequenos passos.


Quando estávamos entrando no portão ela pára e solta minha mão saindo correndo sendo amparada pelos braços de Luan que estava ali com uma cara de cansado, com certeza virou a noite para estar aqui. Respirei aliviada e fui até eles. Beijei Rafa e Alice abraçou-o choramingando ainda.


Mel: Pronto Alice, seu pai chegou, pára de chorar.

Luan: Ela estava chorando por causa de mim?

Mel: Você nem imagina a birra que ela fez, se recusou em entrar caso não visse você.

Luan: Oh filha, papai disse que vinha e vim né? Pra quê esse chororó, mesmo que você estivesse lá dentro eu dava um jeito de você me ver. Não chora Alicinha. - falou meigo e ela foi acalmando.

Mel: Você deu mimo de mais, depois ela faz manha.

Luan: Criança merece carinho Mel, e você também dá mimo.

Mel: Dou mas não cedo a tudo como você. - ele bufou e revirei os olhos.

Luan: Tá bom, não vamos brigar agora né? Vamos levar a menina lá.

Mel: Cê já foi em casa?

Luan: Não, a van me trouxe aqui e partiu, assim vou contigo.


Entrámos na escola e a professora nos recebeu fazendo Alice rir um pouco com suas conversas e brincadeiras. Depois de se despedir de Luan com imensos beijos e abraços ela desceu do seu colo e me encarou com cara feia.


Mel: Desmancha essa cara Alice. - me abaixei e ela embirrou de novo - Está zangada com a mamãe?

Alice: Tô, não gostei do jeito que você falou pra mim. - fez biquinho de novo e pedi paciência a Deus.

Mel: Eu tive de falar porque você não estava me obedecendo filha, não queria te magoar, entende isso? - ela assentiu - Mamãe te ama muito viu minha coisa gostosa. - a puxei para um abraço e ela cedeu voltando a ser a mesma menina carinhosa.


Luan insistiu para conduzir mas não deixei, ele estava sem dormir e se conduzisse poderia acontecer o pior. Durante o caminho fomos conversando sobre diversos assuntos.


Luan: Você recebeu a mensagem da Bruna?

Mel: Não amor, que mensagem?

Luan: Ela marcou um jantar no apê do Gabriel para hoje e disse que tem uma novidade para contar.

Mel: Hum, menina misteriosa. - rimos - A gente vai com certeza, fiquei curiosa.

Luan: Só espero que ela não tenha aprontado.

Mel: Você tem 30 anos e ela 26, Rafa. - lhe mostrei o óbvio e ele revirou os olhos sorrindo de canto. - Ciumentinho.



Boa noite! Capítulo enorme para vocês que merece comentários hein? kkkkk Nosso casal voltou ás safadezas ahaha Alguns anos se passaram e Alice fez birra porque não viu Luan? Menina do papai kkkkkk E Lumel estava entrando numa DR por causa disso kkkkk E esse jantar da Bruna o que será que vai rolar? Qual a novidade? Comentem aí amores, beijocas <3

137. Pontos nos "i's"

Quando cheguei no quarto tinha dois bercinhos montados ao lado da nossa cama. Estranhei, pois não tínhamos comprado nada.


Luan: Eu comprei estes dias, como você não podia sair, eu comprei dois bercinhos. Gostou? - chegou esclarecendo a minha dúvida.

Mel: Aham, não tinha pensado onde eles iriam ficar. - ri do meu esquecimento.

Luan: Logo mais a gente começa a decorar o quartinho deles.

Mel: Sim, mas é melhor decorá-lo com cores masculinas, assim a Nic só fica lá até dormir sozinha e aí passa para o quarto da Alice que é maior.

Luan: Como você preferir. - sorriu e foi para o banheiro enquanto arrumei os gémeos e os fiz dormir.


Tomei meu banho e me deitei mas estava difícil pegar no sono. Me movi várias vezes na cama e Luan acendeu o abajur. 


Luan: Está tudo bem?

Mel: Não estou conseguindo dormir. Preciso fazer uma coisa. - me levantei e ele me olhou estranho.

Luan: Fazer o quê? - peguei no celular e liguei para Daniela. 


Mel: Oi, amanhã ás 9h da manhã no Hospital Santa Isabel. Sem atrasos. 

Daniela: Ok. - senti sua voz tremer e desliguei imediatamente. 


Luan: Já? 

Mel: Quanto antes melhor. 

Luan: Mas eu tenho de chamar o Well. 

Mel: Não precisa, eu vou sozinha. 

Luan: Ao menos me deixa te levar. 

Mel: Vou de táxi, fica em casa com nossos filhos. - pedi mais calma e ele nem disse que sim nem que não. Apagou o abajur e se virou para o meu lado me abraçando por trás. 


Não tinha forças para me soltar, e eu sentia falta disso. O cheiro dele impregnou em mim e me virei para ele de frente. Com as minhas mãos procurei seus lábios e lhe dei um selinho que foi correspondido. 


Luan: Obrigado pelo dia maravilhoso de hoje. Você é a melhor do mundo. - me deu mais um selinho e me aconcheguei em seu peito adormecendo. 


Acordei duas vezes na noite e Luan se levantou comigo para acalmar um bebé enquanto o outro se alimentava. Acordei cedo e Luan respirava pesado. Me arrumei e fui no banheiro pegar na escova de cabelo de Luan, descendo em seguida para tomar meu café.


Mel: Avó eu vou precisar sair por poucas horas, ajuda o Luan com as crianças? 

Lúcia: Claro que ajudo, vais onde? 

Mel: Resolver um assunto vó. - terminei de comer e saí correndo pois o táxi já me esperava. 


Assim que cheguei no hospital Daniela já estava lá. Falei com Dr. Duarte e ele me indicou a melhor pessoa para fazer a colheita. Daniela me parecia nervosa e isso só me fazia desconfiar ainda mais de que aquilo não passava de mais um golpe e desta vez dos mais baixos. Pedi par agilizarem o processo e dentro de dois dias estaria com os resultados em mãos. Me encarreguei de ir no hospital mesmo os levantar junto com Daniela. Voltei para casa e Luan já estava de pé mas ao telefone enquanto nossos filhos estavam nas cadeirinhas e Alice no sofá assistindo desenho. 


Mel: Bom dia. 

Alice: Bom dia mamãe. 

Mel: Não foi na escola hoje filha? 

Alice: Não, acodei com dor aqui. - apontou para a barriga e vi um copo de chá na mesinha da sala. 

Mel: Eu sabia, você só comeu doce na festa. 

Alice: Mas cê me deu futinhas tamém. 

Mel: Depois de você se empanturrar com porcarias. Parece seu pai, gulosinha. - ri e Luan levantou a sobrancelha se fingindo de indignado. - Vou buscar um remédio pra você. - subi e troquei meu salto por uma rasteirinha. 

Luan: Então correu tudo bem? - falou assim que voltei para a sala. 

Mel:Aham, depois de amanhã vou lá pegar os resultados. 

Luan: Posso ir com você aí? 

Mel: Depois a gente vê isso. - cortei o assunto pois saberia que não seria boa ideia ele ir, porque se fosse mentira eu não queria que ninguém me impedisse do que iria fazer. 


Um dia se passou e Luan só sabia brincar com os filhos e falar no telefone. Chamei as meninas lá em casa e passámos a tarde conversando. Amanhã saberia a verdade. Estava no quarto vendo tv com Luan e Alice na cama, e os bebés dormiam nos bercinhos. O celular dele tocou e ele atendeu. 


Luan: Oh Dudu, e aí boi? ... As composições? Vixi... Fodeu ... Cara eu esqueci completamente. - colocou a mão na testa e me preocupei, ele sempre foi profissional demais. - Cê sabe que não tem sido fácil né? ... Não estava com cabeça para isso boizeira, me dá uns dias por favor... Tá, tá bom, três dias e eu te entrego tudo... Até mais. 

Mel: Que aconteceu? - indaguei curiosa. 

Luan: Combinei de mandar umas composições para o Dudu até hoje e me esqueci, na verdade nem tenho ido para o estúdio. 

Mel: Está com falta de inspiração? 

Luan: É, parece que a confusão se instalou e bloqueou minhas ideias. E isso acontece sabe porquê? - neguei e Alice olhava de mim para ele. - Porque você não estava em paz comigo. - confessou e desviei meu olhar. 

Mel: Mas você já escreveu em brigas e separação. - o lembrei da "Escreve aí" quando estávamos separados por causa da Denise. 

Luan: É diferente, aí eu entrei numa fase em que te tinha de conquistar de novo porque você não era minha, agora você é minha e preciso te provar que te mereço. 

Mel: Você se engana. - o olhei novamente - Eu sempre fui sua, a partir do momento em que você me beijou pela primeira vez na boate eu fui sua. E você não precisa me provar nada, seus olhos e seus gestos de carinho e amor são o bastante. - falei baixo e ele sorriu de canto. 

Luan: Você foi sempre minha? Mesmo com tudo isto?

Mel: Sempre e sempre.

Luan: Te amo. - passou seu braço por cima de Alice e apertou minha mão. 

Alice: A mamãe tamém ama você né? - rimos e Luan me olhou esperando. 

Mel: Mais do que a mim mesma. 


Finalmente o dia chegou. Não avisei Luan da hora que iria, porque não queria que ele fosse, apenas pedi a minha avó novamente que cuidasse das crianças e dissesse a Luan que apenas saí, ele saberia onde tinha ido. Logo pela manhã fui para o hospital e Daniela apareceu um tempo depois. Nos dirigimos á recepção e levantei o exame. 



Luan On: 


A Mel pensa que me coloca para trás, mas ela não imagina do que sou capaz. Assim que ela foi ter com Daniela no outro dia liguei para o Wilson e pedi que investigasse a vida toda de Daniela. Eu teria que ter algo concreto para poder jogar o jogo dela. Melissa não queria que eu fosse na colheita nem no resultado, mas quem disse que eu obedeço. Acordei quando ela se levantou e fiquei fingindo que dormia para dar tempo dela ir. Liguei para o Wilson e pedi que me encontrasse no Hospital. Saí voando de casa e assim que cheguei ele já me esperava. Esperámos que elas saíssem dentro do meu carro e sabia que Mel não deixaria passar barato. Um tempo depois Daniela saiu bufando e furiosa procurando algo na sua bolsa. Logo atrás surgiu Melissa que a fuzilava pelos olhos e eu conhecia muito bem aquele olhar de raiva e perigo. Num ápice pegou Daniela por trás e lhe deu um tapa, puxando logo em seguida seu cabelo. A empurrou para o chão e se colocou em cima dela lhe esbofeteando sem dó nem piedade. Saí correndo e fui até lá pegando em Melissa. 


Luan: Já chega. - a prendi. 

Mel: Não chega coisa nenhuma, essa puta queria dar o golpe mas se ferrou, é tudo mentira, o menino não é seu filho Luan. 

Luan: Eu já desconfiava. - olhei Daniela no chão limpando seu rosto de sangue. 

Mel: Eu vou matar essa vaca. - falou firme tentando se soltar de mim. 

Luan: Você não vai fazer nada Melissa. A partir de agora a polícia vai tomar conta. 

Daniela: Polícia? Como assim? - se assustou. 

Luan: Eu tenho sua ficha, você está ferrada comigo. Se eu sei que você ou a Denise se metem novamente em nosso caminho eu entrego você. O menino é seu sobrinho né? Filho do seu irmão mais velho. Você podia ter mais respeito pela criança que não tem culpa das tias psicopatas que tem. O seu lugar é ao lado do da sua irmã. - falei rude e ela me olhava com medo. 

Daniela: Eu vou presa?

Luan: Depende, se você errar é só eu fazer uma chamada que você não tem escapatória. 

Mel: Faz logo essa chamada, ela não pode ficar á solta, é uma cobra. 

Luan: Se acalma. - falei em seu ouvido e colei meus lábios eu seu rosto a sentindo tentar acertar a respiração. - Isso, devagar Mel. Dá o fora daqui e não me apareça mais na minha frente. 


Ela nem esperou eu terminar e saiu mancando em direção ao seu carro. Abracei Melissa e ela me apertou forte. Por não ter sido dentro do hospital ou na entrada não causou tumulto. Mel foi esperta nisso e aproveitou que ninguém veria para atacar e como atacou, a muié saiu de rastos. 


Luan: Vamos para o carro. - a levei e Wilson me esperava do lado de fora. - Obrigado viu cara? Fique atento, qualquer coisa eu te chamo e você já sabe o que fazer. 

Wilson: Com certeza, estou ás ordens. Agora boa sorte para acalmar a ferinha aí. - riu e Melissa o olhou de lado nos fazendo rir. 

Luan: Entre amor. - ela me olhou com olhos de criança por lhe chamar de amor sem ela contar. Dei a volta e entrei do outro lado.

Mel: O que você estava fazendo aqui? 

Luan: Eu sabia que você ia fazer besteira. 

Mel: Achou besteira? Está defendendo ela Luan Rafael?  - me perguntou incrédula. 

Luan: Claro que não. - respondi rápido - Apenas não te quero em confusão. 

Mel: Acho bom, porque ainda estou com raiva. - ameaçou. 

Luan: Eita, tem calma cocê muié do céu. Mas sabe que fiquei com pena da coitada? - Mel me fuzilou de novo e ri - Eu sei bem a força que o seu tapa tem. 

Mel: Ainda bem, assim já sabe que não pisa na bola nunca mais. 

Luan: Nossa, cê tá que tá. 


Antes de chegarmos em casa parei no parque de sempre, precisávamos conversar a sós e nada melhor do que um lugar tranquilo. Caminhámos por algum tempo e comprei uma água para ela que aparentava estar tremendo ainda. 


Luan: Senta aqui. - lhe indiquei para que se sentasse no meio de minhas pernas já que estava encostado numa árvore. - Vamos conversar. 

Mel: Não tem nada pra conversar. Você me mentiu e eu descobri, mas afinal aquilo que eu vi foi planejado para que nos separassem. Corri risco de vida e isso só me fez ver o quão frágil posso ser sem você. Quando finalmente estava te perdoando e tentando voltar ao de antes surge esta bomba, mas logo a desmascaramos e descarreguei minha raiva nela. Agora estamos aqui, apenas nós dois, sendo um ser só como sempre fomos. Eu não quero conversar, apenas quero te beijar e dizer que te amo demais, poder viver tranquila sabendo que estou sendo amada na mesma proporção que amo e que Deus está abençoando a gente como sempre. Porque no fundo, bem lá no fundo, eu sabia que você não me desiludiria nunca, e não estava errada. 

Luan: Você é boa em resumir, mas não quer passar a parte teórica e partir para a prática?! - sussurrei em seu ouvido e ela inclinou seu pescoço me dando acesso a ele onde cheirei e depositei leves beijos. 


Ela foi se virando e estiquei minhas pernas para que ela se sentasse em meu colo de frente para mim. Sua boca foi de encontro com a minha com saudade, fogo, amor, meiguice. Um beijo como só ela sabe dar e me faz subir aos céus. Parámos quando o ar nos faltava e nos encaramos com a testa junta. 


Mel: Eu te amo Rafa. - falou baixo me deixando louco. 

Luan: Não imagina a falta que estava sentindo em te ouvir me chamar de Rafa. 

Mel: Rafa, meu Rafa, apenas meu. Meu amor, meu melhor amigo, meu namorado, meu marido, minha paz, força, meu amor, minha vida. 

Luan: Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. - a peguei de surpresa com um beijo avassalador a fazendo agarrar meus braços de surpresa. - Eu te quero fazer minha, estou morrendo de saudade. 

Mel: Você sabe que eu estou de resguardo né? . - falou ofegante sentindo meus chamegos em seu pescoço. 

Luan: Mas amor não mexeu lá, apenas no fundo da sua barriga. 

Mel: Mesmo assim magoa amor. 

Luan: E se a gente fizer com cuidado? - lhe propus e ela me olhou penetrante. 



Boa noite! Segundo do dia, o anterior teve vários comentários, espero que este tenha também *.* Amanhã voltámos á mesma rotina de um capítulo apenas, a não ser que consiga escrever mais do que um. Não tenho previsão dos capítulos que faltam, mas a fanfic está acabando :( Espero contar com vocês até ao fim. Mas falando do capítulo. Mel não sossegou enquanto não tirou as coisas a limpo e quando teve a prova de que era um golpe partiu pra cima de Daniela kkkkkk barraco ! Sorte que o Luan tinha ido atrás e as separou porque nem quero imaginar o que a Mel faria à golpista. Nosso casal está de volta e Mel nem quis meias palavras, Luan também não perdeu tempo e já está com ideias pipocando ahah Será que a Mel vai ceder? O que acham que vai acontecer?  Comentem bastante, beijocas amores. Boa semana <3

domingo, 29 de março de 2015

136. Um passo atrás

Luan: Daniela o que você está fazendo aqui? 

Daniela: O Sorocaba me falou que você queria meu contato, como não recebi nenhuma ligação decidi vir aqui, acho que temos muito que falar. 

Luan: Muito? A gente não tem nada pra falar. 

Mel: Claro que têm, afinal eu interrompi a vossa noite né? - disse irónica. 

Daniela: Não aconteceu nada nessa noite, nem iria acontecer. Não que eu não quisesse mas... - deixou a ideia no ar e respirei fundo antes de partir pra cima dela. - Vai me deixar entrar? - olhou a criança e virei costas seguindo para a cozinha.


Luan veio atrás com ela e podia sentir pela sua respiração pesada que ele estava nervoso. Acenei para que se sentassem. 


Mel: Pode falar. - cruzei os braços esperando. 

Daniela: Luan você lembra do caso que teve com uma ex-repórter do Amaury Jr.? - semicerrei os olhos não entendendo onde ela queria chegar. 

Luan: O que você tem a ver com isso? 

Daniela: Lembra dela? Da Denise? 

Luan: Fala logo o que você veio aqui fazer. - disse rude. 

Daniela: Eu sou irmã dela. - revelou e percebi tudo. 

Mel: Foi você que me mandou as mensagens avisando que o Luan iria sair naquela noite né? Você armou tudo para que eu fosse lá e pensasse coisas erradas. - esbracejei e ela deu um sorrisinho de canto. 

Daniela: Fui eu sim, e saiu tudo melhor que pensava, o acidente não estava nos meus planos mas você se encarregou disso muito bem. 

Mel: Eu vou desfazer a sua cara sua vagabunda. - pisei fundo indo pra cima dela mas Luan me parou. - Me larga, cê não ouviu o que ela disse? 

Luan: Ouvi e sei que ainda não acabou por aqui. Guarda sua raiva para outro momento. - me avisou e me soltei dele brava. - Eu sabia que você era parecida a alguém e pensei na Denise imediatamente mas não sabia que vocês realmente eram irmãs. - falou indignado. 

Daniela: A gente é, e eu sei de tudo que aconteceu com vocês. 

Luan: Tá, mas... - incentivou para que ela prosseguisse. 

Daniela: Mas acontece que há mais de 5 anos atrás vocês estavam juntos e a minha irmã engravidou. - Fiquei paralisada não acreditando no que estava por vir. Senti os olhos de Luan se arregalarem e dirigem-se para o menino que estava tímido brincando com as suas mãos. - O Murilo é seu filho Luan. - falou por fim e me virei para o balcão bebendo um pouco de água enquanto meus olhos se encheram de lágrimas.

Luan: Não pode ser, não pode. - falou não acreditando.

Daniela: Pois acredite que é.

Luan: A Denise tomava remédio, e a gente sempre se prevenia, impossível.

Daniela: Quem te garante que ela tomava o remédio? Alguma vez ela tomou perto de você? - falou óbvia e me virei para ver aquela cena. Luan passava as mãos na cabeça sem saber o que fazer.

Mel: E o que você quer? - me meti.

Daniela: Esta criança precisa de um pai, já que a mãe está presa por vossa culpa.

Mel: Se ela está presa por bons motivos os juízes saberiam que ela tinha um filho. - pensei - Porque eles nunca falaram disso?

Daniela: Ele está registrado como filho da minha mãe, porque a Denise sabia que se algo acontecesse ele seria levado para adoção.

Luan: Mel eu... - fez uma pausa procurando as palavras certas.

Mel: Cala a boca, não fala nada Luan. - falei fria e ele me olhou desesperado. - Me dá o seu contato, eu quero a prova em papel.

Daniela: Cla-claro. - gaguejou - Quando você quiser me diz que eu marco na minha clínica.

Mel: Você tem uma clínica?

Daniela: Sou enfermeira apenas.

Mel: Pode ficar tranquila, que a gente não vai precisar dos seus serviços, eu mesma cuidarei disso no hospital da minha confiança.

Daniela: Eu poderia agilizar o processo. - falou convincente mas não cairia na dela.

Mel: Não, obrigada. Agora dá o vaza daqui.

Daniela: Não vai deixar nem o Murilo abraçar o pai? - a olhei enojada.

Mel: Não, enquanto não tiver a certeza, o Luan apenas é pai da Alice, do Breno e da Nicole.


Ela deu meia volta e saiu dali a passos largos. Luan estava sentado com os braços segurando o seu rosto. A gente não estava junto quando eles se relacionavam, e se o menino fosse mesmo filho dele não seria abandonado com certeza, Luan e muito menos eu não admitiríamos isso. Bebi mais um pouco de água e me virei saindo.


Luan: Espera. - me chamou choramingando e parei onde estava de costas para ele - Eu não sei nem o que te falar. Não esperava por isso.

Mel: Não fala nada. Vê se coloca um sorriso no rosto e volta pra festa, hoje é o seu dia e a galera está esperando.

Luan: Me diz o que você está pensando por favor. - ouvi a cadeira se arrastar e ele se aproximar de mim.

Mel: Não sei, por um lado estou aliviada por saber que não aconteceu nada naquela noite e que fomos mais uma vez peças de um jogo armado por aquelas víboras. Mas por outro, tenho medo de que realmente o menino seja seu filho. Por mais que ele mereça ter um pai como você, eu não sei se vou saber lidar com um filho seu e da Denise aqui em casa. - derramei algumas lágrimas e as limpei rapidamente.

Luan: Eu também estou com medo. Mas só você consegue me dar força para enfrentar tudo isso, não se afasta de mim outra vez Mel. - implorou e meu coração apertou.

Mel: Não sei Luan.

Luan: E se a gente tivesse aquela conversa que você falou que teríamos mais tarde? - sugeriu.

Mel: Eu não quero conversar, esta situação bagunçou novamente minha cabeça.

Luan: E o que você já tinha como certo que me iria falar?

Mel: Eu iria dar uma nova chance pra gente, dizer que nunca deixei de confiar em você e que apenas eu não estava querendo ver a realidade porque estava magoada demais para aceitar que você seria incapaz de me trair. - ele suspirou aliviado e se colou atrás de mim.

Luan: Você não imagina o quanto essas palavras me fazem feliz.

Mel: Mas agora eu já não sei mais nada. - me virei para ele e mais lágrimas se derramaram, ele me olhou perdido. - Deixa a gente fazer o exame e depois conversamos.

Luan: Está me pedindo mais um tempo? - perguntou incrédulo e assenti saindo dali para o nosso quarto.


Fiquei na varanda pensando em tudo enquanto chorava baixinho. Por ali pude ver Luan chegando perto da galera e se sentando ao lado das cadeirinhas dos gémeos. Não o vi falar com ninguém. Quando me recompus desci e chamei Alice para que ela comesse algo mais saudável do que doces.


Lara: Está tudo bem amiga?

Mel: Vai ficar.

Lara: Se precisar de conversar me chama tá?

Mel: Pode deixar. - lhe dei um meio sorriso.

Gabi: Gata da minha vida quando vamos fazer a última surpresa da noite?

Mel: Daqui a pouco, deixa eu terminar de alimentar a Alice e depois os gémeos.

Gabi: Nossa, quanta animação. - falou com sarcasmo e a fuzilei - Está com falta é?

Mel: Não fala besteira. - falei impaciente.

Gabi: Não está aqui quem falou. -levantou as mãos se rendendo - Mas sabe que esses amigos do Luan são bem gatinhos e divertidos?

Mel: E comprometidos e você sabe disso. - a adverti.

Lara: Nem todos. - riu olhando o Marco que batia papo com Rafael.

Mel: Nossa Lara você é mais casamenteira do que eu. - ri.

Alice: Tamém quelo casar. - saiu com essa e todas rimos.

Mel: Seu pai que te ouça, capaz de ter um treco.

Alice: Papai vai deixar mamãe, só quando ele der odem. - falou sapeca e rimos mais ainda.

Gabi: Alice cê quer ajudar a tia Gabi a conquistar um gatinho.

Mel: Não vai meter minha filha nisso sua safada.

Alice: Eu quelo, gatos são fofinhos. - disse ingénua.

Gabi: Então vem cá. - a pegou pela mão - Vai chamar o amigo do seu pai, o Marco. Diz que tem coisa boa esperando perto da piscina. - Alice não entendeu mas assentiu indo ter com Marco.

Mel: Eu não sei que te faça Gabi. - rimos. - Deixa ver os meus meninos.

Lara: Vou com você. - se levantou junto comigo.


Luan já não estava perto deles e agora bebia uma cerveja enquanto conversava a sós com seu pai, talvez pedindo conselhos. Os bebés só comiam e dormiam, e se fossem como Alice não dariam trabalho nenhum. Fiquei conversando com as mulheres por algum tempo até ver Gabi voltar com Marco da parte da piscina. O seu sorriso não escondia que tinha feito safadeza e eu estava pra morrer com essa guria. Lara também topo e abanou a cabeça segurando o riso.


Luan: Marquinhos e Douglas venham cá. - ouvi o chamar pelos meninos e se dirigirem para perto da gente. - Lara, Gabi, eu e Mel.  - me olhou e assenti para que ele prosseguisse - Queremos anunciar que vocês serão os padrinhos dos nossos gémeos. Agora se decidam entre vocês quem será par de quem e padrinho de quem.

Lara: Ai que tudo, obrigado Lu, obrigado Mel. - nos abraçou.

Gabi: Eu quero o Breno. - falou imediatamente. - Que é? - indagou perante o nosso olhar surpreso.

Mel: Nada, só esperávamos que fossem ter uma conversa democrática. - ri.

Luan: Você não se importa de ficar com a Nic Larinha?

Lara: Claro que não. - sorriu.

Marquinhos: Bem, já que as muiés já decidiram agora é a nossa vez. - se viraram de costas e os vi cochichar.

Douglas: Eu fico com a Nic também e o Marquinhos com o Breno.

Luan: Obrigado irmãos. - bateu no ombro dos amigos.


Gabi piscou o olho e percebi que era o momento certo para colocar a última ideia em prática. Saí de fininho com Alice e fui na sala dos fundos buscar o carrinho que tinha o bolo de aniversário de Luan. Acendi as velas e quando estava chegando na área externa apaguei as luzes fazendo a maioria do pessoal se assustar mas logo perceberam quando viram o bolo entrar e todos cantarem "Parabéns". Luan estava parado no meio de todo o mundo nos olhando emocionado e mesmo que aquele aniversário não tenha sido dos melhores, eu tentei de tudo para que ele não esquecesse as partes felizes.



Boa dia e boa tarde! Primeiro de hoje, logo tem mais. Aguardem. Era a Daniela com uma notícia bombástica, a Camila sabia que vinha bomba ahah Será que o exame vai dar positivo? E o que a Mel fará já que não sabe se lidará com isso? Nosso casal estava bem mas voltou a se afastar. Gabi sendo saidinha e levando a Alice junto ahahah E este momento final? Fofo né? Comentem princesinhas <3 Beijos. 

sábado, 28 de março de 2015

135. Presente de Deus

Luan: Obrigado gente, não estava à espera. - agradeceu. 

Bruna: Não estava esperando? Confessa logo que nem se lembrava Pi. - brincou. 

Luan: É, na verdade não lembrava mesmo. - coçou a nuca e rimos. 

Bruna: Lesado. 

Luan: Respeito Piroca, só porque já vai na segunda novela da globo pensa que pode me ofender. 

Mari: Oh senhor, me dá paciência, nem mesmo depois de anos vocês param de pirraça. 

Amarildo: Se pararem deixam de ser os mesmos. - constatou e rimos. 

Alice: Quelo ficar no colo do papai. - pediu dengosa e Luan nem se importou, ele amava os carinhos dela. 

Lúcia: Quando os seus irmãos voltarem você não vai ter tanto colo.

Alice: Vou sim, né papai, né mamãe? - falava com o biquinho se formando já. 

Mel: Vai meu amor, mas vai ter de dividir com os seus irmãos. 

Luan: Exatamente, mas papai pega em todos. - riu e ela o abraçou. - Vocês ficam para o almoço né? Não tenho nada planejado . -mexeu nos cabelos. 

Mari: Claro filho, até trouxemos carne para um churrasquinho. 

Luan: Oba, aí gostei. 


Passámos a manhã na piscina e Luan me olhava vez ou outra. Trocávamos pequenos sorrisos mas nada mais do que isso. Decidi me deitar um pouco na rede ficando de olho em Alice que brincava na borda da piscina. 


Bruna: E aí cunha? - se sentou na rede. - Que você está pensando? 

Mel: No que fazer. - ri. 

Bruna: Isso inclui dar uma chance para o vosso amor? - me olhou com a sobrancelha levantada. 

Mel: Não sei, pode ser que sim ou que não. 

Bruna: Ainda está confusa? Posso ser sincera com você? 

Mel: Claro. - me ajeitei na rede e ela começou. 

Bruna: Ele não te traiu. - falou convicta - Já te falei em outras vezes que desde que ele te conheceu não olhou pra mais ninguém, só tem olhos pra você, mesmo vocês brigando e ele virar num cão, ele não ousa olhar para outras mulheres. E sabe porquê? - neguei - Porque você é quem ele quer ver sempre. Meu irmão sempre foi mulherengo e até meio perdido nessa coisa de amor, mas quando te conheceu você lhe mostrou o verdadeiro valor de amar e ser amado, nunca o vi tão feliz com uma menina como vi com você. 

Mel: Nem mesmo com a Jade? - perguntei sabendo que Luan correu anos atrás dela. 

Bruna: Nem mesmo com ela, ele amava-a demais, acredite, mas faltava algo. E esse algo ele só teve com você. O olhar dele brilha, e isso era o que faltava antes. - sorri com isso e olhei Luan que nos encarava. 

Mel: Mas ele me mentiu Bruna. 

Bruna: Para você não stressar. Ele errou e acredite que não está sendo fácil para ele conviver com a culpa do que aconteceu. 

Mel: Ele te falou alguma coisa? 

Bruna: Não precisa, conheço o Luan muito bem, sei quando ele está sofrendo. E pode apostar, que embora ele sorria e pareça bem ele não está minimamente feliz. Só você consegue fazer com que ele renasça de novo. - falou meiga e encarei o chão pensando em tudo. 

Mel: Talvez eu tenha sido rude demais em mantê-lo afastado, mas eu não consigo confiar entende? 

Bruna: Você não consegue confiar nele ou em você? 

Mel: Como assim? - indaguei confusa. 

Bruna: Você está com medos e isso te faz não ter confiança nem segurança suficiente para tomar decisões. E quem te dá toda essa segurança? - perguntou já sabendo a resposta - Ele. Só ele é capaz de te fazer acreditar em você, te faz seguir os teus sonhos e você sabe disso. Confia nele, você sabe que precisa disso. - apertou minha mão e ela tinha razão. 

Mel: Você tem razão cunha, eu preciso dele mesmo. Mas e se ele erra de novo do mesmo jeito? 

Bruna: Acredita que não, e só erra quem é humano, até você. - me atirou á cara e suspirei fundo. 

Mel: Obrigado por me ouvir amiga. - a abracei de lado. 

Bruna: Só quero ver vocês felizes. 


Perto da hora do almoço Amarildo começou a preparar as carnes para assar. Claro que Luan ajudou. As mulheres arrumaram a mesa e até Alice estava junto. Recebi uma mensagem de Lara avisando que já estava com todo o mundo na porta esperando. Aproveitei um momento de distração de Luan e fui até á porta. 


Gabi: Onde o gostosão está? 

Mel: Ainda não arrumou um homem menina? Tem de olhar o das amigas? 

Gabi: Que amigas? É só o seu. - falou descarada e ri. 

Lara: Não perde a mania amiga.

Mel: Assanhada. - lhe bati no bati e Gabi me deu língua rindo.

Mel: Gente, ele está na churrasqueira. Aproveitem para o surpreender agora. 


Seguimos até à parte externa e eles traziam um bolo pequeno só para o momento. Até Anita e Pedro estavam cá, pois estavam terminando de escolher tudo para o casamento deles que sairia ainda este ano. Assim que começaram a cantar Luan se virou surpreso e abriu um sorriso enorme. 


Marquinhos: Oh boi tá ficando véio. 

Luan: Ainda tô do jeito. - falou safado e já tinha saudades de o ver assim. 

Douglas: Não duvido, para quando outro baby? - me olhou e ri negando. 

Mel: Para quando tiver de ser. - respondi tímida e Luan veio para o meu lado depois de cumprimentar todo o mundo. 

Luan: Obrigado viu, eu sei que você que teve essas ideias todas. Mesmo brigada não deixa esta data passar. 

Mel: Além de sua esposa, sou sua fã. - foi a justificação que me ocorreu no momento. 

Luan: Claro. - sorriu com alguma decepção, pois esperava que lhe dissesse outra coisa.


Almoçamos entre risadas e notei que Luan não estava tão confortável como sempre, talvez fosse aquilo que Bruna me falou, ele não estava tranquilo sabendo que eu não confiava nele. Mas a verdade é que eu acho que o meu orgulho estava ferido demais para admitir que eu nunca deixei de confiar nele. Ao meio da tarde enquanto ele estava na roda de viola entrei em casa pra me arrumar. Bruna estava comigo e só ela sabia da surpresa que lhe faria. Tomei um banho e vesti uma roupa simples. Saímos no seu carro, já que eu não me sentia segura em conduzir. Dr. Eduardo nos recebeu sorrindo, pois sabia a felicidade que eu estava sentindo em já puder levar meus meninos para casa.


Dr. Eduardo: O aniversariante não veio?

Mel: Na verdade vai ser surpresa.

Dr. Eduardo: Prepara o coração. - avisou e rimos.


Troquei a roupinha deles e pela primeira vez peguei neles os alimentando ali mesmo, por terem nascido prematuros eu não tinha leite suficiente então complementávamos com o leite em pó próprio para eles.Os coloquei nas cadeirinhas e fui com eles atrás enquanto Bruna falava encantada com a melhora notória deles. Chegámos rápido em casa e assim que entrámos constatamos que a música continuava.


Mel: Eu vou subir com eles, chama o Luan para mim por favor? - pedi a Bruna que assentiu sorrindo.


Arrumei os gémeos na nossa cama e teríamos que apressar a decoração do quarto deles, pois com a chegada adiantada e toda esta situação não tivemos tempo. Me sentei ao lado deles e fiquei esperando. Meu coração não parava de bater freneticamente e sabia que era pela ansiedade em ver o sorriso de Luan por ver nossos filhos ali. A porta estava entreaberta o que me possibilitou ouvir os seus passos calmos e a sua respiração pesada.



Luan On:


Estava com a galera na roda de viola e dei falta da Mel, mas Bruna também não estava e deduzi que estariam juntas. Após algum tempo comecei a me preocupar mas Lara me disse que elas tinham saído e que não deveriam demorar. Fiquei curioso óbvio e liguei pra Bruna mas ela tinha esquecido o celular com o Gabriel. Não adiantaria ligar para a Mel, pois ela seria bem capaz de me mandar para aquele lugar. Deixei quieto e Bruna apareceu me chamando.


Bruna: A Mel está te esperando no quarto. - falou natural e arregalei os olhos me surpreendendo.

Luan: Como assim me esperando no quarto? - perguntei não acreditando no que ouvia.

Bruna: Vai lá e você vai ver. - riu e saiu me deixando sem entender nada.


Subi apressado e quando pisei no corredor mantive a calma para ela não perceber que estava ansioso. A porta estava entreaberta e parei antes de a abrir completamente. Respirei várias vezes fundo e quando a abri me deparei com uma cena emocionante, não podia ser verdade aquilo que meus olhos estavam vendo. Meus filhos em casa. Só eu sei o quanto pedi isso a Deus.


Luan: Me diz que estou sonhando? - falei estático vendo a cena deles dormindo.

Mel: Parabéns, seus filhos não podiam faltar e Deus quis tanto que eles tiveram alta hoje.

Luan: Eu não tenho palavras. - deixei que as lágrimas descessem e Mel estava com os olhos brilhando também.


Me sentei ao lado deles e eles foram acordando. Beijei cada um e peguei em Breno que estava do meu lado. Mel pegou em Nicole e não me controlei - a beijei.




Para minha surpresa ela não relutou e sorriu tímida após encerramos o beijo com selinhos. 


Luan: Obrigado, este foi o melhor presente que ganhei na minha vida. 

Mel: Ainda não acabou. - falou esperançosa me deixando anestesiado como ela conseguia ser tão perfeita. 

Luan: Meus filhos. - brinquei um pouco com eles e Alice apareceu na porta curiosa. 

Alice: Os bebés. - gritou assim que os viu e correu pra cima da cama. - Eles já tão bons? 

Mel: Já meu amor. Agora você pode brincar com eles. 

Luan: Minha vida toda aqui. - abracei todos juntos e rimos. - Amo vocês mais do que tudo. 

Alice: A gente ama cê tamém papai né mamãe? 

Mel: É, a gente ama muito. - respondeu com um sorriso de canto e meu coração lançou fogo de artifício por saber que ela não só assentiu com o que Alice disse como aumentou. 



Mel On: 


A reação dele foi a melhor, sabia que ele ficaria super feliz. Antes de descermos para perto da galera lhe dei o meu presente. Ele me olhou estranho talvez achando que eu não lhe daria nada.


Luan: Um relógio. - sorriu - Com os vossos nomes dentro? - observou melhor. - Obrigado meu amor, eu amei.

Mel: De nada, se você gostou já basta.

Luan: Adorei, um relógio foi a primeira prenda que você me deu, quando a gente se conheceu no camarim, lembra? - fez carinho em meu rosto e o encarei sentindo seu toque.

Mel: Não tem como esquecer. - me soltei dele e saí com Nicole, Luan veio atrás com Breno e Alice que pediu colo não querendo ficar de fora.


Quando chegámos na piscina todos nos olharam admirados mas logo perceberam que eles estavam sim em casa e vieram paparicar. Eles passavam no colo de todos e Alice olhava tudo com uma cara estranha.


Mel: Que foi princesa da mamãe? - a sentei em meu colo e ela se aconchegou em meu peito.

Alice: Cês vão esquecer de mim? - perguntou fazendo biquinho.

Mel: Claro que não, a gente vai ser igual.

Alice: Mas agola ninguém quer bincar com eu, só quelem pegar nos bebés.

Mel: Oh minha filha não fica assim, eles estão pegando e brincando com eles porque são muito pequenininhos e não conhecem ninguém, precisam de mimo, você também já foi assim mimada por todos.

Alice: Vou poder dormir cocês na mema? - me olhou pidona.

Mel: Claro que sim. - beijei o topo da sua cabeça.

Luan: Ué, tá chorando princesinha? - chegou com uma cerveja.

Mel: Está com medo que a gente esqueça dela. - ri baixo e Luan negou com a cabeça.

Luan: Nunca meu amor, a gente não esquece de você nunca, assim como seus irmãos você é nossa vida. - beijou Alice que abraçou o seu pescoço e subiu para o seu colo.


Aproveitei para beber alguma coisa também e optei por cerveja, estava um tempo quente e cairia bem demais. Atrás de uma bebi outra e como não estava habituada pelo tempo em que parei de beber pela gravidez comecei a me sentir um pouca zonza e parei me sentando perto da galera. Luan se levantou para buscar as cadeirinhas dos bebés e assim que os colocou lá veio para junto de mim já que Alice estava rindo com Marquinhos e Douglas.


Mel: Quem serão os padrinhos?

Luan: Estava pensando no Marquinhos e no Douglas junto com a Gabi e a Lara, que cê acha?

Mel: Pensei no mesmo . -sorri grande pela nossa telepatia. Ele me deu mais uma cerveja e a bebi mais devagar. Na hora que fui no banheiro ia tropeçar e Luan me segurou.


Luan: Não se segura muié? - riu .

Mel: Acho que não deveria ter bebido mais que uma cerveja. - falei com a mão na cabeça.

Luan: Vem que eu te ajudo. - me levou até o banheiro e me esperou do lado de fora.


Fiz o que tinha de fazer e aproveitar para lavar minha cara com água fria, vai que dava resultado e pelo menos despertava um pouco. Saí e Luan estava com as mãos nos bolsos encostado na pilastra da casa encarando o chão e o relógio que lhe ofereci. Não sei se era pelo efeito da bebida ou não mas tive uma vontade louca de o beijar e assim o fiz o pegando de surpresa. Mas logo senti suas mãos me apertarem e sua língua dançar com a minha. Que saudade do seu beijo, do seu toque, do seu cheiro. Ele explorou meu pescoço e suas mãos eram urgentes apertando minha bunda enquanto as minhas apertavam seus braços e peitoral. Suguei seu lábio e o ouvi ofegar. Ele nos moveu e me encostou na pilastra a que antes estava encostado e continuou com seus beijos até sermos interrompidos pela campainha.


Luan: Eu mato quem for. - falou chateado.

Mel: Melhor a gente ver quem é. - falei ouvindo a campainha tocando insistentemente.

Luan: Depois continuamos. - me deu um selinho.

Mel: Depois conversamos isso sim. - o adverti e ele fez uma carranca.


Chegámos na porta e assim que abri perdi completamente a vontade de ter essa conversa com Luan e de lhe dar uma chance. Ele olhava dela para mim com seu olhar perdido enquanto ela sorria constrangida enquanto segurava pela mão um menino mais ou menos da idade de Alice.



Boa noite ! Segundo da noite e bem grandão. Que festa baphónica ahahah Quanta novidade e emoção. Parece que nosso casal está voltando ás boas, pelo menos Melissa aceitou ser beijada pelo Luan e depois partiu pra cima dele. E agora? Quem será na porta? O que quererá com o nosso casal? Comentem amorecos ! Beijos <3 Amanha terá dois.