78. Fruto do nosso amor

Minha mãe me abraçou emocionada também.

Mari: Eu já imaginava que isso pudesse acontecer, mas não queria acreditar que fosse verdade. – me confessou.

Luan: Agora percebo aquela conversa da gente se proteger e tal. Mas mãe ela teve naqueles dias. - perguntou confuso. 

Mari: Isso é normal meu amor. Você está feliz meu filho? – limpou minhas lágrimas e lhe dei um sorriso enorme.

Luan: Acho que nunca estive tão feliz na minha vida mamusca.

Mari: É o que importa. – me abraçou de novo.

Luan: Eu posso ver ela? – perguntei á enfermeira.

Enfermeira: Claro, mas só você, os seus pais terão de esperar no corredor, mas podem ver pelo vidro. – sorriu e entregou-nos umas credenciais de livre acesso. – Menino Luan o médico me deu as indicações para ela seguir. – disse me fazendo a escutar atentamente – Não é preciso repouso, ela está bem e pode fazer a vida normal, claro que com os cuidados das grávidas, não pode beber álcool, carregar peso, trabalhar muito, precisa de dormir e se alimentar direito, pode fazer leves exercícios físicos e consultar o médico regularmente.

Luan: Claro, eu vou cuidar dela D. Rosana. – sorri pequeno e ela assentiu. - Pai? Faz um favor pra mim?

Amarildo: Claro. – me olhou sorrindo.

Luan: Vai numa florista que deve ter aqui dentro mesmo e compra gerberas.

Amarildo: Vai indo, já já eu chego. – saiu apressado e entrei com a minha mãe no corredor onde se encontravam vários quartos.

Melissa estava no dos fundos e quando a vi pelo espelho, ainda dormindo, uma lágrima desceu. A minha teimosinha nem sabe a surpresa que lhe reserva. Pô, três semanas com o nosso trenzinho no ventre e eu pensando e sonhando com criança. Deus é maravilhoso.

Luan: Mamusca eu estou com medo. – admiti choramingando.

Mari: Mas de quê meu amor? – acariciou meu rosto.

Luan: Tenho medo de não ser capaz de cuidar de uma criança.

Mari: Luan isso não é verdade, você vai cuidar muito bem dela. Você tem tanto amor para dar que essa criança vai ser muito feliz e amada. Não fique com medo, eu nem ia dizer nada mas você mudou meu filho. – a olhei confuso – Quer dizer, a Melissa te mudou. Ela chegou encantando toda a gente e você se apaixonou pra sempre. Você mudou ela, lhe deu segurança, amor e a fez esquecer os medos que ela sentia. É você que cuida sempre da Mel, mesmo distante. E você está muito mais responsável, se Deus colocou um filho agora na vossa vida é porque vocês podem cuidar dele, e eu não tenho dúvidas nenhumas disso. – Me abraçou.

Luan: Obrigado mãe. Obrigado mesmo. – Limpei as lágrimas e meu chegou com um ramo enorme.

Luan: Obrigado pai. – agradeci e entrei devagar no quarto. Coloquei as flores na cama e lhe beijei a testa me sentando numa cadeira que tinha ali do lado.

Fiquei alisando sua mão e sua barriga. Três semanas. Deu um clique na minha cabeça e me lembrei que há três semanas foi o Natal. A gente estava bem na piscina e quando chegámos no quarto foi maravilhoso, matámos a saudade que tínhamos um do outro e com certeza eu esqueci a camisinha, mas a Melissa toma pilula, como aconteceu? Com certeza não foi totalmente eficaz. E ainda bem, porque eu estava explodindo de felicidade. Estava entre os meus pensamentos quando senti a mão de Melissa mexer e os olhos abrindo, ela estava acordando.

Mel: Lu? – falava piscando os olhos tentando enxergar com nitidez. – Rafa?

Luan: Estou aqui meu amor. – beijei sua mão e ela me olhou finalmente sorrindo de canto.

Mel: O que aconteceu?

Luan: Você não se lembra?

Mel: Lembro que caí do cavalo e sangrei mas o que aconteceu aqui no hospital? Eu estou doente, eu estou bem? – perguntava aflita.

Luan: Está meu amor, tudo perfeitamente bem. – sorri tocando sua bochecha.

Mel: Como assim? Eu caí. – indagou confusa.

Luan: Você está bem, só vai ter de tomar cuidado com algumas coisas, mas eu vou vigiar você e sozinha você não fica. – ri e ela me olhou confusa novamente – Eu sei que você não está entendendo nada. Mas, você lembra o que aconteceu há quase três semanas atrás?

Mel: Três semanas… - fez uma pausa pensando – Estávamos na chácara passando o Natal.

Luan: Exatamente. Lembra o que aconteceu durante a noite?

Mel: A gente fez amor. – respondeu tímida e lhe beijei o rosto.

Luan: Aham, e Deus aí me fez esquecer de uma coisinha importante mas não tanto quanto o que ele nos deu de presente. – sorri bobo.

Mel: Rafa você não tá falando coisa com coisa. – disse se ajeitando na cama.

Luan: Eu esqueci a camisinha. – os olhos dela se arregalaram – Mas foi o esquecimento mais feliz da minha vida.

Mel: Eu sei que a gente esqueceu, eu senti você dentro de mim…– fez uma pausa – Você sabe, contudo eu tomei pílula como sempre. Mas porque você está feliz com isso?

Luan: Parece que a sua pílula não colaborou, porque meu amor,– toquei a sua barriga  e ela me olhava – Você está grávida. A gente vai ter um nénem, um filhinho nosso. – revelei emocionado e Melissa me olhou assustada revisando o olhar entre a barriga e a minha cara.

Mel: Não. – engoliu seco – Como isso foi acontecer meu Deus? Rafa a gente é muito novo, eu só tenho 21 anos Rafa, e você tem a sua carreira no auge, a gente não podia ter vacilado assim. – falou choramingando – Você nem deve querer né? – me encarou e eu ri dela.

Luan: Você está enganada. Eu quero e muito. – Sorri grande – Eu sei que a gente é novo e que ainda tinha muito pra namorar mas aconteceu e só agradeço ao Pai do Céu pelo nosso bebezinho. – acariciei sua barriga novamente e senti a mão de Melissa encostar na minha fazendo o mesmo. – Eu confesso que também estou com medo, mas minha mãe me disse que a gente vai conseguir cuidar e amar demais nosso filho. – limpei meu rosto e Melissa sorriu chorando.

Mel: A gente vai porque você é a melhor pessoa do mundo. – me puxou para si e me abraçou forte. – Eu te amo meu amor. Eu fiquei assustada, não estava esperando mas eu estou super feliz, um fruto do nosso amor, o primeiro de muitos. – me sussurrou.

Luan: Você acha que a gente vai ser bons pais? – lhe olhei sentando na beira da cama e puxando a sua cabeça para o meu peito.

Mel: Eu tenho a certeza, você cuida de mim como nunca ninguém cuidou e com nosso filho não vai ser diferente, vais ser um pai babão. – riu abraçando a barriga.

Luan: E você vai aprender a crescer e cuidar de você mesma. – disse em tom de brincadeira.

Mel: É, mas eu aprendi com você direitinho. – selou meus lábios e aprofundei o beijo.

Luan: Meus pais estão aí. – sorri e apontei para o vidro onde eles estavam abraçados de lado nos observando. Melissa acenou para eles que sorriram emocionados.

Mel: Eles não podem entrar?

Luan: Não. Mas logo mais a gente vai embora. Ah trouxe pra você. – peguei no ramo e lhe entreguei.

Mel: Sempre marcando nossos momentos. – sorriu olhando as gerberas coloridas. – Sabe que você foi o primeiro homem a me dar flores? – me olhou doce.

Luan: Não. – sorri por isso – Não sabia, mas só me faz ter certeza de que a gente estava destinado um para o outro. – ela assentiu e lhe beijei a testa.

A enfermeira chegou ali com o doutor e avaliaram o estado atual da minha namorada que sorria a toda a hora. Era incrível como uma pessoa que ainda nem nasceu é capaz de proporcionar os sentimentos mais autênticos e felizes na gente. Com certeza seria assim quando nascesse.

Enfermeira: Meninos já podem ir pra casa. – nos avisou sorrindo e entregou os papéis com todas as indicações e o medicamento do enjoo pra Melissa que lhe agradeceu. – Menino Luan depois passe na receção por favor. – me avisou.

Luan: Pode deixar. – a abracei num impulso e ela riu. – Obrigado viu, a senhora é um anjo, me ajudou desde o primeiro momento e me deu a melhor noticia da minha vida.

Enfermeira: Não fiz nada demais, fico tão feliz de vocês se amaram assim, porque essa criança vai ser muito linda e abençoada. - nos despedimos e ajudei Melissa a se levantar. A roupa dela estava ensanguentada, por isso foi com a bata do hospital mesmo. Paguei o atendimento na receção e pedi para meu pai conduzir.

Mari: Minha filha muitos parabéns viu? – felicitou Melissa.

Mel: Obrigado Mari, a senhora que estava certa né? – a olhei com ternura e minha mãe riu.

Mari: Instinto maternal, eu suspeitava mas não tinha certeza.

Mel: Só espero que não seja uma gravidez com muito enjoo, porque já me estava cansando de correr pro banheiro. – rimos.

Luan: A galera já foi pro hotel pai?

Amarildo: A gente avisou que estava indo ter com você no hospital, eles queriam ir junto, mas muita gente só ia atrapalhar, disseram que iam para o hotel esperar a gente na piscina.

Luan: Só espero que ainda estejam lá. – confessei assistindo ao sol se pôr.

Passámos na farmácia antes e depois partimos para o hotel. No hall não tinha ninguém. Dei uma palavrinha com meu pai que assentiu fazendo o que lhe pedi. Nos dirigimos para a piscina e a galera estava lá sentada bebendo e conversando com um ar preocupado. Assim que nos viram se levantaram vindo até nós.

Bruna: Cunha o que te aconteceu? – a abraçou que lhe retribuiu rindo.

Mel: Tem calma. O que aconteceu foi a melhor coisa do mundo.

Max: Mas o que foi?

Luan: Sentem-se. – avisei e eles assim  fizeram. – Vocês lembram no Natal quando zoaram com a gente dizendo que queriam sobrinhos e tal? A gente levou isso a sério nessa noite. – Melissa me abraçou sorrindo envergonhada. – A gente está grávido. – contei abraçando Melissa que ria das caras da galera.

Bruna: Oh my God, não tô acreditando, eu vou ser titia? Vou ser titia? – gritou.

Luan: Vai Piroca.

Bruna: Ai que felicidade. – correu nos abraçando emocionada. – Vocês merecem tudo isso. Tenho muito orgulho de você meu irmão. – me olhou e aquelas palavras me fizeram derramar uma lágrima.

Luan: Obrigado por tudo Bubu. – beijei minha irmã e todos nos vieram felicitar.

Marquinhos: Agora acabou a farra, acabou as resenhas, acabou mundo, acabou tudo. – falou fingindo estar emburrado.

Luan: Quem disse que acabou? Meu filho vai nascer amando tudo isso. Vai cantar uns modões com a gente, cês vão ver. Mas a farra acabou, só se for com a Mel, agora sou um homem com responsabilidades. – falei convencido.

Douglas: Tudo que você queria né Lubraco? Ser papai.

Luan: Cê sabe que sim meu irmão.

Anita: Vai ter casório? – perguntou divertida.

Luan: Vai. – disse convicto e Mel me olhou. – Vai sim meu amor. Era o que a gente sempre quis, casar, ter filhos, ter a nossa família e ser felizes.

Mel: Mas ainda é cedo pra pensar nisso.

Luan: É, só vamos casar quando nosso nénem nascer, quero ver ele entrando na sua frente na igreja. – sorri me lembrando do sonho.

Mel: Como será que o resto da galera vai reagir?

Luan: Só podem ficar felizes. – lhe dei um selinho. – Gente vamos subir tá? Tomar um banho, nos encontramos daqui a pouco no restaurante.

Mel: Anita o Pedro vem? – lhe perguntou.

Anita: Vem sim, ele soube do acidente do cavalo e nos contou. Disse que passava cá pra jantar com a gente e saber novidades. – sorrimos e subimos para o quarto.

Luan: Amor vem cá, pedi para o meu pai arrumar uma coisa relaxante pra gente. – a ajudei a tirar a bata e me despi.

Mel: Que coisa? – me olhava curiosa.

Luan: Vamos ver. – lhe peguei pela mão e abri a porta do banheiro me deparando com algo romântico, calmo e só nosso.

Mel: Acho que o seu pai anda se informando dos meus gostos. – disse pegando numa gerbera que repousava ali.

Luan: Ele que comprou o buquê hoje. Mas vamos aproveitar o nosso cantinho que depois vamos descer para vocês se alimentarem. – falei no plural e ela me beijou de um jeito intenso e apaixonado.

Boa noite! Capítulo super fofo porque Lumel está super bem e apaixonado! Que assim continue né? kkkk Melissa pareceu não aceitar muito bem mas o que ela tinha era medo que logo foi mandado embora pelas palavras de Luan, como sempre. Voltaram para o hotel e a galera adorou a novidade. Nosso casal num momento de relaxamento! O que virá por aí, Comentem amores, beijocas <3