Já tinha o papel nas mãos e agora era só ficar mais uns três dias e voltaria a ver o Luan. Decidi ir almoçar a casa da minha avó e matar as saudades da minha velhinha. E quanto mais longe dos meus pais estivesse melhor para organizar as ideias.
Mel: Vó que saudade. - abracei-a com todas as forças, Sempre cuidou de mim e era das pessoas que mais me queria ver feliz. O meu avô tinha falecido há 5 anos e embora os meus pais a quisessem levar pra nossa casa ela não queria, a independência dela era algo que preservava.
Lúcia: Minha neta, voltaste.
Mel: Oh vó ainda não, vim só pegar um papel e sexta volto de vez para o Brasil, vou realizar o meu sonho.
Lúcia: Eu rezei tanto a Deus para você conseguir isso Melissa, vai custar mas vendo te feliz é muito mais importante. Mas não me pareces muito bem, passa-se alguma coisa?
Mel: Passa avó, eu conheci um rapaz lá no Brasil e os meus pais quando souberem de quem se tratava ficaram contra mim vó. Eu amo os meus pais mas eles ás vezes querem mandar na minha vida, a vó sabe que eu sempre tomei as minhas decisões e sempre esperei que eles pelo menos respeitassem, mas nem isso eles fizeram.
Lúcia: Esse rapaz te faz feliz minha menina?
Mel: Muito avó, muito mesmo. Como nunca ninguém fez. A senhora sabe quem ele é.
Lúcia: Dá pra notar nos seus olhos o amor que você sente. Conheço? É o David? - a minha avó adorava o David e dizia ser fã dele. O David adorava ela e a tratava por avó.
Mel: hahaha não vó. É o Luan, o cantor, aquele que eu escutava sempre que ficava aqui com a senhora quando voltava da faculdade.
Lúcia: Oh meu amor aquele menino que canta como anjo? - assenti - Já entendi porque seus pais não gostaram nada, eles não querem um cantor como genro não é ?
Mel: É vó, eles dizem que não vou ser feliz com alguém assim, que corro riscos, mas eu quero que isso se dane, eu amo o Luan e ninguém vai me fazer sentir o contrário.
Lúcia: Sabes minha neta, quando os seus pais começaram a namorar o seu avô também não apoiou e castigou a sua mãe. O seu pai não era rico e o avô queria dar o melhor para a sua mãe. Mas o seu pai era cabeça dura e tanto insistiu que acabaram por conseguirem a benção do seu avô.
Mel: Mas avó se eles passaram por isso porque não me apoiaram? Eles sabem o que eu estou sofrendo e mesmo assim preferem fazer o que o vô fez?! Eu não entendo.
Lúcia: Eles só querem o melhor pra ti, querem que fiques bem de vida e aqui em Portugal com eles.
Mel: Mas eles não se opuseram á minha ida pro Brasil antes pelo contrário, apoiaram-me.
Lúcia: Acho que o que eles querem é que você não fique sozinha quando esse moço tiver de viajar, ou que você seja falada nas revistas por coisas negativas.
Mel: A família dele mora em São Paulo, eu não ficaria sozinha e vó eu sou assessora, sei lidar com a mídia, eles esquecem-se que eu estudei comunicação.
Lúcia: Não os culpes amor, eles só não sabem como lidar com isso. Dá-lhes tempo. A vózinha te apoia e vai estar sempre aqui para ti. - me deu um abraço, aquele que eu precisava no momento.
Almoçamos entre risadas e eu adorava passar horas com a minha avó, ela sabia conversar e me ensinava muitas coisas. Só voltei pra casa depois do jantar e os meus pais não estavam em casa. Antes de dormir marquei com as meninas de ir passar o dia no shopping.
Saí de manhã e mais uma vez iria ficar longe dos meus pais, se eles precisavam de tempo eu daria, mas que não contassem com o meu bom humor. Passei o dia no shopping, compramos roupas, livros, maquiagem, vimos um filme e antes do jantar voltei pra casa. Os meus pais estavam sentados preparando-se para se servirem e eu me sentei com eles. Comemos em silêncio e meu pai pousou o garfo com força no prato fazendo um barulho me fazendo o olhar.
Gonçalo: Mel dá para você para de fingir que não estamos aqui ?
Mel: Quando vocês se esquecem que a vossa filha tem sentimentos eu acho justo esquecer que vocês não estão aqui. - falei com raiva, eu sabia que tinha pegado pesado demais mas não aguentava mais. Meu pai levantou o braço e só esperei ele me bater mas minhas mãe pediu para ele parar. - Deixa mãe, ele quer que eu sofra como a senhora quando era mais nova, parece que se esqueceu que o vô também não apoiava vocês, e em vez de fazer diferente comigo, não, fez igual .
Gonçalo: Não tragas o passado para aqui, naquele tempo as coisas eram diferentes.
Mel: Por isso mesmo, por serem diferentes vocês deviam de aceitar que eu amo o Luan.
Ana: Nós só não queremos que sofras amor. - passou a mão nos meus cabelos.
Mel: Sofrer? Vocês é que me estão a causar sofrimento, o Luan faz-me feliz, é difícil aceitar isso? É pai? - o encarei já chorando.
Gonçalo: Não filha, não é, mas eu não queria essa vida pra você. - falou abaixando a cabeça.
Mel: Então qual o problema? É eu ficar sozinha? Não se preocupem porque não fico, a família dele me acolheu como se me conhecessem há anos e os tios estão lá. Não me façam viver uma vida de infelicidade porque não aceitam que ame um cantor. Não me façam isso.
Gonçalo: Eu estive a pensar e ... eu vou deixar você viver isso do jeito que você quiser Melissa, não vou apoiar, não esperes por isso, mas vou respeitar a tua escolha. Só não venhas chorar para o nosso colo quando ele não te quiser mais.
Mel: Obrigado por respeitarem ao menos, mas podem ficar descansados que não precisarei de chorar. Um dia vocês vão conhecer a pessoa maravilhosa que ele é e vão me dar razão. Agora se me dão licença. - me levantei e fui para o meu quarto.
Só me restava um dia ali e sexta de manhã voltaria para o Brasil, eu precisava ver o Luan. Decidi mandar uma mensagem pra ele, sabia que ele andava ocupado demais e mesmo que não respondesse veria.
"Eu te amo, e mesmo que o mundo esteja contra nós, eu vou estar pra sempre com você. Não te esqueças de mim Rafa. <3"
"Te esquecer é impossível Mel. Não vejo a hora de te ter nos meus braços, beijos <3 "
A quinta chegou rápida e passei o dia com as meninas lá em casa, meus pais não tocaram mais no assunto e isso me deixava mais descansada. Me despedi das meninas naquela noite e na sexta de manhã meus pais e minha vó me levaram no aero. Estava voltando para o Brasil e logo mais veria Luan.
Luan On:
A Mel chegaria hoje e eu tinha que laçar essa menina. Estes dias sem ela foram os piores que passei nos últimos tempos. Era complicado admitir, mas eu estava dependente dela, e não via a hora de a ter. Nestes dias não faltava muié se oferecendo, até a outra apareceu de novo, pois é Denise deu as caras de novo e desta vez tive de ser mesmo rude com ela. Tomara que ela tenha entendido e me esqueça de uma vez. Voltei pra casa na quinta de madrugada cansadão, a semana foi puxada e nem tempo tinha de falar com Mel, só respondi uma sms dela num dia e logo tinha coisas pra fazer. Acordei com uma ideia que tinha que colocar logo em prática.
Luan: David? É o Luan, preciso de um favor seu cara.
David: Luan, fala aí.
Luan. Cê tem alguma chave a mais aqui em Sampa do apê? Eu queria fazer uma surpresa pra Mel.
David: Tenho sim, tá lá com o porteiro. Cê quer que eu libere ela pra você?
Luan: Cê não se importa? Eu preciso mesmo.
David: Claro que não irmão, vou ligar pra lá, avisar que você vai pegar elas. Desde que a Mel goste não me importa nada.
Luan: Valeu.
Encerrei a ligação e chamei Bruna pra me ajudar. De hoje não passava. Cê nem faz ideia do que estou pensando fazer Melissa. Volta logo pra mim muié.
Melissa descobriu que o passado dos pais e enfrentou eles por amor ao Luan! Eles deram trégua, mas será que vai ser sempre assim? Melissa está voltando e o Luan entusiasmado com essa surpresa. O que ele está preparando?
Amores amanhã só devo postar um capítulo, mas prometo um bem grandão e cheio de emoções !
Comentem bastante. Beijos !
Queee perfeito <3 prevejo um pedido de namoro por ai kkk ja to curiosa pro proximo.
ResponderEliminarContinua muie
Adivinhou :)
EliminarCoitada da Melissa. Pra completar, os pais não apoiam sua decisão...
ResponderEliminarCuriosa para saber o que Luan está preparando.
Tinha de vir problema Cams ! Já pode matar sua curiosidade :b
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