sexta-feira, 20 de março de 2015

129. Chocolate envenenado

Luan: Como assim Alice? - perguntei e parei o carro na beira da estrada. - Você na-na-mo-ra? 

Alice: Com o Mateus, mas acho quele não gota de mim. - falou chateada e cruzou os braços. 

Luan: Filha não faz isso com o papai. - senti o meu sangue ferver e cadê Melissa para resolver este problema?

Alice: Papai cê tá babo?

Luan: Filhinha ouve com atenção o que o papai vai dizer tá bom? - me virei agoniado para trás e ela me olhava confusa.

Alice: Vai bigar com eu?

Luan: Não. - respirei fundo a tranquilizando. - Alice, meu amor, você não namora tá bom? Ainda não tem idade para essas coisas filha. - comecei a suar frio só de pensar.

Alice: Quando posso?

Luan: Quando o papai disser. Que será nunca. - falei pra mim - Promete pra mim que cê não vai namorar filha? Promete?

Alice: Mas cê e a mamãe namolam. - tão pequena e tão esperta.

Luan: Mas a gente é adulto.

Alice: Quando for aduta posso namolar?

Luan: Só quando eu disser tá bom?

Alice: Tá bom, papai. Agola vamo no paque. - falou empolgada e suspirei aliviado. Essa vai dar trabalho.

Luan: Só um pouquinho, está quase na hora do almoço.




Mel On: 


Terminei as reuniões por volta das 13h e estava morrendo de fome. Gabriel já tinha ido almoçar e só restei eu e a Gabi.


Mel: Amiga vamos comer lá em casa?

Gabi: Você vem de tarde?

Mel: Não, o Luan está de folga. - sorri.

Gabi: Se ele está em casa claro que eu vou. - a encarei e ela riu.

Mel: Arruma logo um homem para deixar de olhar o meu menina.

Gabi: Mesmo comprometida é impossível não olhar.

Mel: Disso eu sei. - rimos.


Fomos conversando até chegar em casa e aquele dia estava fazendo imenso calor. Assim que chegámos vi Alice e Luan na sala conversando. Mas ele estava com uma cara estranha e pensativo demais.


Mel: Amor. - ele sorriu e me deu um selinho. - Oi filha.

Luan: Gabizoca, que bom te ver, veio almoçar com a gente?

Gabi: Vim Lu. - o abraçou.

Luan: Fez bem, está gostando de morar cá?

Gabi: Demais, tudo que eu queria.

Luan: Que ótimo.

Mel: Amor aconteceu alguma coisa?

Luan: Hum, nada não amor, depois a gente conversa. - piscou o olho e entendi que ele não estava muito à vontade para falar acerca do assunto.


Almoçamos e logo Gabi voltou para o escritório de boleia com o Amarildo que passou por ali e fez esse jeito. Passámos a tarde na piscina e enquanto Alice brincava com minha avó chamei Luan para a minha beira.


Mel: Quer me contar agora o que rolou?

Luan: Sua filha que veio com uma conversa estranha aí.

Mel: Que conversa? Fala logo Rafa. - incentivei o vendo revirar os olhos.

Luan: Ela estava triste e disse que um menino tinha saído de perto dela no intervalo lá na escola.

Mel: Hum. Continua.

Luan: Esse moleque se chama Mateus e a sua filha disse que eram namorados. - falou rápido respirando fundo em seguida e o senti tenso.

Mel: E você pirou né? Aposto. - segurei o riso.

Luan: Conversei sério com ela, a fiz me prometer que não namoraria sem eu dar ordem.

Mel: Só você mesmo. - ri negando. - Isso é coisa de criança amor, não esquenta.

Luan: É coisa de criança né? Mas eles podem se b... - fez uma pausa acompanhada de uma careta. - Nem quero imaginar minha menininha.

Mel: Nem quero pensar quando a Nic nascer. - ri imaginando.

Luan: Mas aí vai ter o Brenão para vigiar.

Mel: Brenão é? - o abracei pelo pescoço e o fiz deitar ao meu lado na espreguiçadeira.

Luan: Jeito de falar amor, nem sei se você vai querer mesmo.

Mel: Você confia em mim para escolher o nome do nosso meninão?

Luan: De olhos fechados. - me deu um selinho.

Mel: A menina você já escolheu, eu escolho do menino.

Luan: Com certeza. Amor você está um pouco pálida, está se sentindo bem?

Mel: Mais ou menos, acho que é do calor.

Luan: E não sabe ir pra sombra não? - resmungou e torci a boca.

Mel: Vai pegar pra mim por favor?

Luan: Se não é o Luan você não é ninguém. - se gabou e lhe bati no braço rindo.


Voltámos para dentro antes do jantar. Dei banho em Alice com ajuda de Rafa e a vesti. Depois tomei meu banho com Rafa que me ajudava imenso a lavar os cabelos e depois me ajudou a secá-los também. Me deitei um pouco na cama e Luan me olhou preocupado.


Luan: Está cansada?

Mel: Aham.

Luan: Você não está bem Melissa, me conta o que está sentindo por favor? - suplicou e respirei fundo.

Mel: Amor, nem eu sei o que estou sentindo. Dói a cabeça, o corpo, estou morrendo de sono e estou um pouco enjoada.

Luan: Vou trazer seu jantar aqui amorzinho, pode ser fome.

Mel: Tá bom, traz o seu também? - sugeri e ele sorriu assentindo.


Aumentei o ar e fechei os olhos por instantes respirando fundo, a náusea persistia e não via jeito de passar. Me levantei para ir no banheiro molhar o rosto e minhas pernas fraquejaram me fazendo cair no chão desacordada.


Luan: Ela está acordando doutor. - o ouvi dizer. Tentei abrir os olhos mas a luz era um pouco forte. Aos poucos fui abrindo dando de cara com Luan que me observava. - Oi amor. - disse meigo e acariciou meu rosto.

Mel: O que aconteceu? Onde eu estou?

Luan: Estamos no hospital. Você desmaiou.

Mel: Desmaiei, como assim?

Luan: Eu cheguei no quarto com a nossa janta e você estava caída. Me desesperei na hora Mel.

Mel: A Alice?

Luan: Ficou com a sua avó.

Dr. Eduardo: Que bom que acordou Mel. Estava aqui analisando suas análises e tenho más notícias.

Mel: Más? Doutor o que está acontecendo? - falei nervosa.

Dr. Eduardo: Se acalma, não é nada de grave. Apenas vai ter de ficar de repouso absoluto. O seu corpo não está aguentando o seu ritmo. Faltam três meses para o parto, mas como são gémeos muitas vezes nascem antes do tempo, melhor se precaver.

Mel: Mas eu nem faço muita coisa.

Dr. Eduardo: Mas o pouco que faz está sendo demais. A partir de agora vai ficar de repouso total, sem esforço, sem pensar em trabalho, sem preocupações, e sem sexo. - olhou Luan que arregalou os olhos.

Luan: Doutor, tem certeza de que é necessário isso tudo mesmo? - coçou a nuca manhoso.

Dr. Eduardo: Tenho meu rapaz, nada de esforço inclui nada de sexo, não vai agora dar uma de tarado né? - o advertiu e Luan me olhou sem graça.

Luan: Nossa, ter filho é bom mas ter de ficar sem isso aí é foda.

Mel: Lu não reclama. - zoei - São só quatro meses.

Luan: E você acha pouco? Quero só ver quando as hormonas aflorarem e pedirem este corpinho gostoso aqui.

Mel: Rafa. - o adverti ficando corada e ele riu.

Dr. Eduardo: Mel serve pra você também, nada de tentar alguma coisa.

Mel: Tá bom doutor. - respirei pesado. - Quando vou pra casa?

Dr. Eduardo: Quando quiser, vou passar uma receita de algumas vitaminas para você tomar e não se esqueça repouso absoluto.


Estava sendo uma seca ficar o todo o dia durante semanas em casa deitada na cama ou sentada no sofá sem poder brincar á vontade com a minha filha. Os gémeos mexiam bastante e só a voz de Luan os acalmava. Deixei de viajar com ele e a saudade era demais. Ele me ligava mais do que uma vez por dia e eu sentia na sua voz que não estava se sentindo bem estando longe comigo em casa deste jeito. Minha avó estava me ajudando imenso assim como Mari que passava sempre lá em casa. Gabi e Lara também iam me visitar sempre que podiam e já estava decidido que as duas seriam madrinhas dos nossos filhos. Luan convidou Marquinhos e Douglas também como padrinhos. Bruna fazia imenso sucesso com a novela e Luan não perdia um episódio se orgulhando da irmã a cada dia.


Lúcia: Minha neta vou ás compras, a Neide está de folga amanhã e preciso de algumas coisas para hoje. - me avisou chegando no quarto com Alice. - Ela vai comigo.

Mel: Tá bom vó, eu não posso ir pra lugar nenhum por isso não se preocupa.

Lúcia: O Luan também deve estar a chegar, era hoje que ele vinha não é?

Mel: Aham, finalmente avó. Ficar uma semana longe dele me mata.

Lúcia: Vê se dormes.


Fiz isso mesmo. Descansei algum tempo até ser acordada com a campainha tocando. Mari tinha a chave de casa e não tocaria. Quem poderia ser? As meninas não me mandaram mensagem nenhuma avisando. Me levantei a contra-gosto e com cuidado. Desci a escadaria segurando o corrimão e fui a passos lentos até á porta.


Mel: Já vai. - gritei assim que ouvi novamente tocarem. - Pois não? - disse assim que vi um moço segurando uma caixa e um envelope.

Moço: Vim trazer esta encomenda moça. Você se chama Melissa Alencar?

Mel: Eu mesma. Quem mandou isso?

Moço: Não sei moça, me pediram apenas para entregar. - Xinguei mentalmente o porteiro por ter deixado entrar sem aviso prévio.

Mel: Tá, me dá aqui. - falei um pouco stressada e assinei o papel pegando na encomenda.


Fechei a porta e fui até à sala. Desembrulhei a caixa e vi que era uma caixa de bombons. Achei que fosse de Luan, mas ele chegaria hoje poderia muito bem me entregar em mãos. Abri o envelope e tirei a carta de dentro.



"Oi Melissa, 

Queria te parabenizar pela gravidez dupla queridinha. Que nasçam a cara do Luan e que te dêem muita dor de cabeça assim como eu dei. Com certeza já sabe quem está falando né? Eu mesma, Denise, a sua melhor amiga. Sabia que o seu marido anda aprontando? Pois é, quem diria que aquele rapaz com carinha de santo faria o que fez. Não está entendendo nada? Eu te conto. Hoje ele voltaria para casa né? Mas só voltará amanhã porque esta noite ele vai para uma boate curtir com os amigos. Se prepare para a imprensa atacar. Fique bem mal queridinha. Beijos."



Larguei aquilo no sofá e fiquei nervosa na hora. Não poderia ser verdade que até na prisão essa vaca me atormenta. Parecia um rato, até a nossa morada sabia. E o que ela quis dizer com Luan aprontando na boate? Ele não pode fazer isso, não pode mesmo. Tentei afastar esses pensamentos mas era impossível. Joguei os chocolates no lixo e subi para o quarto com o envelope apenas o guardando no criado mudo. Luan não me tinha ligado hoje ainda e decidi fazê-lo.


Luan: Oi amor? Tudo bem?

Mel: Aham, que horas você chega hoje?

Luan: É... - fez uma pausa - Eu não vou hoje Melzinha, vou amanhã apenas, apareceram uns imprevistos aqui e não dá para desmarcar, foi de última hora. - nesse momento me lembrei do que a carta dizia, e se fosse mesmo verdade?

Mel: Estava pensado em me contar quando?

Luan: Eu ia te ligar mais logo amor, agora vim na academia.

Mel: Hum. Tá bom. Vê se não vem tarde amanhã. Estou morrendo de saudade e precisando de você.

Luan: Também estou amor. Dá um beijo em nossos filhos e outro na sua boca. Te amo.

Mel: Te amo. - desliguei e fiquei pensando no que fazer para tirar essa história a limpo.




Boa noite amorzinhos. Luan quase que enfartou mas terminou tudo bem ahahah Melissa teve uma recaída e tem de descansar o tempo todo. Tenso hein?  E Luan sem sexo? Será que aguenta? E essa carta da Denise fazendo intriga será que é válida? O que a Mel vai fazer agora? E Luan, será que é capaz de não voltar pra casa para ir pra boate? Comentem amores! Beijocas <3

6 comentários:

  1. Tadinha da Mel :( Foi parar até no hospital e ainda tem que ficar em casa direto, E ainda recebendo essas coisas idiotas dessa cobra ¬¬ Espero que o que tenha escrito na carta seja mentira e que o Luan não apronte com a Mel viu, ai ai

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    1. Tadinha né? Não está dando muito certo! Será que o Luan vai mesmo para uma boate?

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  2. Gravidez de gêmeos não é fácil.
    Quero só ver se uma das filhas do Luan for agitada igual a Bruna kkkk
    Vai ser dificil pra ele, mas terá de aguentar esse tempo sem sexo, né?
    Ai, essa ariranha da Denise já voltou a encher o saco? Parece barata, não dá sossego nunca. Coitada da Mel.

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    1. Ahahahah A Alice vai dar trabalho já tá visto kkkk
      Pois é, não sei se ele aguentará não kkkkk

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  3. Alice é tão fofa *o* Mas ao mesmo tempo muito sapeca! Vai ter hoje?

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