terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

90. Desejos

Luan: Amor cheguei. - entrou sorrindo na sala e corri para o abraçar. 

Mel: Na próxima vou contigo, não aguento ficar sem você aqui. 

Luan: Cê que não quis vir. - acariciou meu rosto - Mas na próxima cê vai com certeza. - se ajoelhou e beijou minha barriga como sempre fazia na despedida e na volta. 

Mel: A entrevista cá em casa será amanhã né?

Luan: É amor, de tarde. 

Mel: Rafa. - me sentei com ele no sofá - Eu preciso falar com você. - disse receosa. 

Luan: Fala amor, pode falar.

Mel: Eu quero voltar... - Gurizinho apareceu ali fazendo festa e latindo. 

Luan: Oh moleque tá com saudade é? Deu muito trabalho para a dona hein? - brincou com ele e perdi a coragem de prosseguir, sabia que brigaríamos. - Continua amor, o que cê estava falando. 

Mel: Nada não amor, depois a gente fala. - ele não insistiu mais e depois do almoço ficámos na piscina e brincando com o Gurizinho. 


No dia seguinte pela tarde a revista Contigo! chegou lá em casa para nos entrevistar e dar a conhecer a nossa casa. Tiraram fotos da gente e dos cómodos da casa, até com Luan e o cachorrinho. 


Jornalista: Melissa e depois dessa menina sonham ter mais filhos?

Mel: Claro que sim, queremos encher a casa, mas com o tempo. 

Jornalista: E o casamento quando sai Luan?

Luan: Ainda falta, primeiro o nascimento da nossa filha e só quando ela andar a gente casa. 

Jornalista: E como está sendo viver uma vida de casados Luan? 

Luan: Está sendo boa demais, eu sempre quis saber como era e agora tenho o prazer de viver tudo isso com quem amo e me ama. Agora quando volto para casa não tenho os meus pais e a minha irmã me esperando, mas sim a minha mulher e a minha filha e isso é tudo que um homem pode querer. 

Jornalista: Ele dá muito trabalho Melissa? 

Mel: Não, antes pelo contrário, me ajuda imenso. 

Jornalista: E os desejos já surgiram? 

Mel: Sabe que ainda não. - falei rindo e Luan respirou aliviado - Mas também tenho acompanhamento nutricional, talvez a falha de nutrientes não foi ainda muito sentida para ter os desejos, mas espero ter sim, faz parte.


Eles foram embora depois de um lanchinho que a minha vó tinha preparado. Decidi que tinha de falar de qualquer jeito com Rafa. Ele tinha ido para o estúdio ver umas composições. Bati à porta e ele abriu. 


Luan: Entra amor. - me deu espaço. 

Mel: Temos de conversar Rafa. - me sentei no sofázinho e ele ficou do meu lado. - Eu quero voltar a trabalhar. 

Luan: Tudo bem amor, eu sei que é chato estar aqui sem fazer nada e você que decidiu se afastar, se quer voltar volta Melzinha, mas nada de exageros. - me advertiu sorrindo. 

Mel: Mas eu preciso viajar. - o olhei receosa e ele levantou a sobrancelha. - A próxima associação será no Rio e eu tenho de passar umas duas semanas por lá trabalhando direto para adiantar tudo, depois mando o Gabriel. 

Luan: Legal. - disse irritado e se levantou - Quer ficar ainda mais longe de mim?

Mel: Eu não disse isso, só preciso de lá ir me encontrar com os patrocinadores. 

Luan: E se você tiver um patrocinador que cubra todos os gastos e acompanhe a associação, você precisa de lá ir esse tempo todo? - me olhou sério e não entendi o que ele queria dizer.

Mel: Não, se for só um é rápido e não preciso de ficar esse tempo todo fora, mas é muito difícil encontrar uma pessoa disposta a isso. - me dei por derrotada. 

Luan: Você já encontrou. - sorriu travesso e não acreditei no que ele insinuava.

Mel: Não, amor, não quero que você se meta nisso só para eu não ficar fora. 

Luan: Quem disse que é por isso, eu já queria ajudar mesmo. Aceite a LS Music como a patrocinadora maioritária do novo projeto. - se aproximou e me fez levantar. 

Mel: Mas isso é demais amor.

Luan: Que nada, eu ajudo várias instituições e ajudar a sua com o David vai ser uma honra acredita em mim. - beijou minha testa. 

Mel: Mas quando for a de Salvador vou ter de viajar Rafa. 

Luan: Aí o Gabriel já vai estar mais dentro dos assuntos e com mais experiência e ele viaja, você viaja mas é comigo.

Mel: Tá, mas eu não quero que seja só você, eu vou tentar contactar estes dias algumas empresas do Rio e depois se for mesmo necessário eu vou lá rapidinho assinar os contratos e volto. - falei com calma e ele respirou pesado. 

Luan: Tá, que assim seja. - beijou meus lábios.

Mel: Pensei que fosse brigar comigo. 

Luan: Brigaria se você insistisse. - riu próximo dos meus lábios e os tomou novamente - A gente nunca fez no estúdio amor. - me sussurrou e ri com a sua ousadia. 

Mel: É fantasia? - falei em tom baixo. 

Luan: Entenda como quiser. - atacou meu pescoço e se sentou no sofá me colocando em seu colo de frente para si. As nossas roupas voaram pelo estúdio e nos amámos intensamente. Depois de um banho descemos para jantar. 


Estávamos no hotel em Brasília, o show de hoje seria lá. Minha avó foi junto, tivemos de deixar o Guri em casa dos sogros. Voltámos tarde do show e adormecemos logo. Acordei ao meio da noite irrequieta. Luan dormia, minha boca salivava e eu sabia o que era, desejo. Acendi o abajur e chamei Rafa. 


Mel: Amor. - abanei Luan que dormia pesado - Rafa, amorzinho acorda vai. - ele foi se mexendo e abriu um olho por causa da claridade da luz. 

Luan: Tá sentindo alguma coisa? - disse preocupado.

Mel: Desejo. - fiz biquinho e ele deu um sorriso de canto. - Desculpa te acordar mas parece que a sua filha não escolhe hora. 

Luan: Não tem problema amor, fico feliz por estar junto de você neste momento. - se sentou coçando os olhinhos - O que você quer? 

Mel: Quero manga com leite condensado, calda de morango e biscoito de polvilho salgado. - falei saboreando e Luan me olhou estranho. - Anda logo amor, liga pra recepção. 


Rafa ligou e explicou com calma cada coisa que tinha pedido justificando ser para uma grávida, o fato de ser o Luan Santana apressou as coisas e logo mais o serviço de quarto chegou. Peguei em tudo e coloquei numa taça me lambuzando. 


Luan: Isso tudo é fome? - me olhou e riu. 

Mel: É, cê quer? - lhe ofereci.

Luan: Não posso amor. 

Mel: Larga de frescura Rafa, ao que você salta no palco perde as calorias todas. - ele riu e se sentou do meu lado fazendo uma taça para ele também. 

Luan: Até que é gostoso. Pena que depois você vai colocar tudo pra fora.

Mel: Quem disse?

Luan: O livro que eu li amorzinho, lá diz que pode se sentir enjoada após saciar um desejo.

Mel: Tá me ensinando. - ri e ele sorriu convencido. - Ainda bem que tinha tudo aqui no hotel mesmo. 

Luan: Graças a Deus, se não Luanzinho ia ter que sair feito um louco. 


Terminei de comer e lavei os dentes me deitando em seguida. Por estar cheia estava tendo dificuldade em pegar no sono e como Luan disse comecei a me sentir enjoada. Saí correndo para o banheiro e ele veio me ajudar como sempre. 


Luan: Sabia. - riu me ajudando a levantar. 

Mel: Tomara que não faça mal a você. 

Luan: Eu não tô grávido amor. - rimos e lavei novamente os dentes. 


O fim de semana passou correndo. E quando menos esperava já estava regressando com Luan para casa. Chamei Gabriel lá e tivemos uma pequena reunião. Tratei do contrato para Luan assinar e mandei e-mails para várias empresas cariocas. Agora era só esperar a resposta. O agente imobiliário também passou por lá e ficou feliz da gente estar gostando da nossa casa, com a ajuda dele encontrei o edifício perfeito para fundar a associação do David. Hoje era quarta feira e Rafa tinha ido no Dudu e minha avó foi a casa da Mari. Fiquei sozinha em casa brincando com o Gurizinho. E aquela sensação do fim de semana voltou, eu estava com desejo de novo. Neide estava de folga e não podia pedir ajuda pra ela. Decidi ligar para Luan. 


Mel: Amor você já vem pra casa? - perguntei apressada. 

Luan: Tô saíndo daqui agora.

Mel: Passa na padaria e me traz sonhos?

Luan: Desejo de novo Melzinha? 

Mel: É, traz sonho e chocolate em barra Rafa. - pedi manhosa e ele riu assentindo.


O tempo de espera serviu para tomar um banho e assistir TV. Rafa chegou correndo me dando o saco da padaria. 


Mel: Amor. - choraminguei - Isto não é sonho. - fiz beicinho e Luan me olhou confuso. 

Luan: Amor isso é sonho sim. 

Mel: Não amor, isto é bola de Berlim. 

Luan: Onde é que isso é bola de Berlim muié? - me perguntou indignado. 

Mel: Em Portugal, eu quero sonho, não me deixa na vontade amor. - Minha avó chegou ali em casa e se deparou com a cena. 

Lúcia: Que aconteceu para vocês estarem com essas caras? 

Luan: A Mel pediu sonho e eu comprei, mas ela diz que é bola de Berlim vó, me ajuda. Diz pra mim que a senhora sabe o que a sua neta quer. - suplicou. 

Lúcia: Eu sei o que é sonho e sei fazer.

Mel: Rápido avó, tô com muita vontade. - me sentei no sofá. 

Luan: Tô pra ver o que são sonhos. 

Mel: Aqui vocês chamam bolinho de chuva. - disse e mordi o lábio segurando o riso. 

Luan: Você sabia e não me disse nada? - me fez cócegas e rimos. 

Mel: Eu estava tão aflita que esqueci amorzinho. Me desculpa. - beijei seu rosto. 

Luan: Esses seus hormónios vão me deixar louco. Mas agora me dá esses sonhos ou bolas de Berlim que eu vou comer. - lhe dei o saco. 

Mel: Depois diz que não pode, seu gordozo. - lhe zoei e ele mandou beijou saboreando o doce. 


Minha avó demorou um pouco mas apareceu na sala com um prato cheio de sonho ou bolinho de chuva e me deliciei junto com a barra de chocolate que Rafa trouxe, acertando no que queria. 


Luan: Me dá um pouco gulosa. - pegou nos meus doces. 

Mel: Guloso é você. - lhe dei língua e comemos tudo sob os risos da minha avó. 

Lúcia: Parece que o Luan está grávido por simpatia. 

Luan: Se comer o que a Melissa come vou mas é ficar grávido de gordo. 

Mel: Mesmo assim vou te querer. - selei nossos lábios. 



Passado um mês...


Consegui dois patrocinadores no Rio, e para alívio de Rafa não necessitei de lá ir, resolvemos tudo por internet, só Gabriel foi lá selecionar o pessoal para trabalhar na associação e reunir-se com os moradores.
Estava completando cinco meses de gravidez e a barriga estava enorme já. Rafa estava de folga em casa e decidimos ir a casa dos sogros. Pedi para irmos a pé, ficava a 10 minutos de distância e aproveitávamos para passear o Guri. Mari ficou super feliz com a nossa visita.


Mari: Está quase chegando ao 2º semestre da gravidez minha nora. – acariciava minha barriga.

Mel: Passa rápido demais. – sorri e Luan chegou com frutas para eu comer. – Obrigado amor.

Luan: Mãe tem creme de abacate?

Mari: Tem filho, lá na geladeira.

Mel: Traz pra mim amor, por favor. – pedi e ele me olhou engraçado.

Luan: Toma amor. – me deu a taça. Comi as frutas e o creme e ainda queria mais creme.

Mel: Rafa busca mais creme para mim?

Luan: Tá com fominha é meu amor? –  zoou e antes de ir selou meus lábios.

Mel: Quero mais. – pedi assim que terminei.

Luan: Mas acabou amor. – olhou a taça enorme dele que ainda estava a meio. – Quer da minha? – assenti e peguei rapidamente na taça dele devorando tudo. – Nossa, comeu meu creme todo gordinha. – fez graça.

Mel: Fiquei com uma vontade monstra quando você falou em creme. – ri e ele me abraçou. – Ai.  – senti uma pontada na barriga.

Luan: Que foi amorzinho? – perguntou aflito. 





Hey amores! Gostaram? Comentem por favor! Nosso casal não brigou e Luan arrumou uma solução ahah eita bicho ciumento ahah E os desejos surgiram! Luan deu conta, mas será que vai ser sempre assim? E essa dor na barriga? O que será? Deixem as vossas sugestões aqui. Beijocas *.*

4 comentários:

  1. Nossa, o que o Luan não faz pra ficar perto da Melissa. Ainda bem que não deu briga.
    E esses desejos? Coitado do Luan hahaha Eu sabia que o sonho de vocês é bolinho de chuva. Mas eu não sabia que o sonho daqui chama-se bola de Berlim.
    E ainda estraga a dieta dele kkkkkk Se continuar assim, realmente, serão dois grávidos.
    Ai, espero que essa pontada não seja algo grave.
    Já pensou se no dia do parto não desse tempo de chegar ao hospital e o Luan fizesse o parto da Mel?

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    1. Ahahah ele é um bobo! A fanfic é cultura Cams ahah aqui chamamos Bolas de Berlim. Né, ele não pode comer mas não resiste ahah
      Não imaginei nem quero imaginar, ahah acho que ele ficava ainda pior que a grávida ahah

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  2. Meu Deeeus tadinho do Luan kkkkk esses desejos da Mel kkk nem eu sabia dessa do Sonho ou Bolinho de Chuva.
    Que dor é essa na Mel *o*

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